julho 30, 2004

Finalmente!

E pronto...
Chegou a minha vez.
Vou de férias amanhã e volto dia 7.
Este blog fica também a descansar.

Até lá... boas blogadas! :-)

julho 29, 2004



Ontem fui, por cortesia de um amigo, assistir à antestreia do novo filme da saga Harry Potter.
Devo já esclarecer aqui que gosto à brava do puto feiticeiro e da sua troupe; brigo com o projecto de adolescente cá de casa pela primazia da leitura cada vez que sai um livro novo.

O filme é excelente; somos rapidamente transportado para o mundo de magia e criaturas estranhas a que fomos habituados. Com uma diferença, porém: o meio envolvente é sublime. São-nos mostrados muitos mais pormenores da área que circunda Howgarts e assim ficamos a conhecer as maravilhosas colinas verdes, o rio, o lago e até a pequena vila vizinha que até aqui não tinha aparecido nos filmes, apesar de ser várias vezes referenciada na obra. Toda a paisagem é magnífica.

Como nos dois filmes anteriores, a adaptação ao cinema é fiel e em nada desprestigia a obra escrita. Pelo contrário, em futuras leituras, a nossa  memória visual leva-nos para dentro da tela com todos os pormenores vividos nos livros. Os personagens passam a ter o rosto dos jovens actores. A simbiose é perfeita.

Os actores cresceram fisicamente; é divertido assistir às mudanças de filme para filme. Mudanças coerentes, já que se tratam de anos lectivos diferentes.  O que traz uma novidade: não é já um filme para crianças, mas sim para adolescentes.Os mais novos poderão até sentir algum medo .Toca, por vezes, as raias do gótico.

Tem, portanto, os ingredientes necessários para se tornar um sucesso como os antecessores. Sucesso esse, plenamente justificado.

julho 27, 2004

Férias II

À medida que se aproxima o dia de ir de férias, sou assaltada por sentimentos contraditórios. Por um lado, a vontade de trabalhar diminui todos os dias . Sou assaltada por uma avassaladora vontade de fazer coisíssima nenhuma, de deixar os dias correrem à espera da hora de pegar nas malas e partir. Assim, hoje decretei estado de semi férias; faço o indispensável para que descanse sem me sentir mal com a minha consciência.
 
Por outro lado, invade-me uma urgência desmedida em deixar tudo arrumado , ao mesmo tempo que me angustio por não ter  tempo para o fazer.
 
Tudo isto é perfeitamente ridículo.
Afinal, só parto por uma semana.

julho 26, 2004

Crendices

Tenho uma dor de cabeça que não me larga desde ontem de manhã.
Como de costume, sou avessa a tomar medicamentos e cá me vou aguentando,entre queixumes e alívios momentâneos.

Hoje, com o calor que teima em não nos largar, a coisa agravou-se principalmente durante a tarde.
Na clínica, os meus doentes foram-se apercebendo que a minha boa disposição habitual não estava nos melhores dias e lá fui dizento o motivo, a uns e a outros.

Até que chegou a D. Ermelinda; esta querida senhora,  viúva e doente antiga por achaques diversos, passou já a fazer parte da nossa mobília há alguns anos, com intervalos regulares para fazer as termas  e para visitar a filha, que vive em França; alturas em que, miraculosamente, se sente melhorzinha (  tramóia pura, para que tenha da minha parte o aval para se ausentar).

Ora a D. Ermelinda,dizia eu, lá chegou com as costumeiras dores nas cruzes mas,por circunstâncias várias, só me viu depois do tratamento feito e quando já estava de saída. Perspicaz, disse logo:
_ A Terapeuta hoje não está bem. Tá doentinha?
_ É só uma dor de cabeça, D. Ermelinda_respondi. Não me larga desde ontem.
_ Ai, que isso é quebranto que lhe deram! Pode ser por lhe quererem bem ou mal. Quer que lho tire? Chego a casa e faço já a reza; daqui a nada fica boa.
_ A D. Ermelinda não vai levar a mal, mas eu não acredito muito nessas coisas. Deve ter sido sol que apanhei no sábado, na piscina. Com este calor...
Mas muito obrigada na mesma.

E lá foi ela nada convencida e eu, perdida de dores e impaciente, enfiei com dois Ben U Ron no estômago.

Meia hora depois a coisa começou a melhorar e eu já tinha esquecido a conversa anterior. Toca o telefone.

_ Terapeuta, a D. Ermelinda quer falar consigo_ diz a recepcionista.
Lá atendi, saboreando entre risos o que antevia que se ia seguir:
_Então, tá melhorzinha?_ pergunta ela do outro lado da linha.
Conhecendo a peça como conheço, respondi: Estou sim, senhora!
Triunfante, disse logo ela: _ Não me vai levar a mal, mas eu cheguei a casa e fiz a reza na mesma! É que vocês, doutores, sabem muito dos livros mas da vida sabemos nós, os antigos!

E como perante factos não há argumentos, respondi: muito obrigada, D. Ermelinda!!!

;-)


julho 25, 2004

O calor

Sempre gostei de calor.
Em criança, esperava ansiosamente os meses de Verão para me " desencolher" do frio do Inverno. Gostava de estar na praia nas horas proibidas, de andar de bicicleta à torreira do sol.

Mas ultimamente isto mudou um pouco. O calor começa a incomodar-me, deixa-me inerte, sem vontade para coisa nenhuma. Fujo dele. Compro AC. Não saio de casa.

Sintou saudades de uma noite de Inverno, fria e chuvosa, passada à lareira.
Será que já nem o calor é como antigamente?

julho 23, 2004

Carlos Paredes



Até há bem pouco tempo, eu não gostava de fado. Irritava-me o ar dos fadistas, principalmente os marialvas, quais galarotes a crescer à medida que o tom de voz subia.
 
Até que um dia o senhor ali da fotografia tocou, por casualidade, num CD em casa de amigos. Descobri a beleza do fado sem voz; melhor, de como se pode falar sem dizer uma palavra.
Sentir a emoção no dedilhar uma guitarra, que geme, chora, ri ou canta  conforme o Carlos queria e sempre com aquele ar de que aquilo é a coisa mais fácil do mundo.
 
Já não tocava há alguns anos. Ou tocaria e tocará sempre que nós quisermos?

julho 22, 2004

Ó ANÓNIMO...
 
Já arranjei o contador, pá.
Espero que já consigas dormir descansado!
 
 

Férias

Como 90%  dos portugueses, estou quase de férias. Férias a sério, na primeira semana de Agosto. O resto do mês, férias a meio tempo. Que isto de ter mais que um emprego tem as suas desvantagens.

Mas irrita-me ter, obrigatoriamente, que tirar 22 dias de férias seguidos e sempre em Agosto.
São umas férias estupidamente caras e cheias de gente, duas coisas que dispenso. Gostava de poder rumar a um qualquer destino tropical em Novembro ou Janeiro; tenho saudades do calor e do mar, durante o Inverno; gosto de intercalar períodos de trabalho com momentos curtos de descanso ao longo do ano.

Mas isso não me é possível porque a prepotência bacoca de um trio de reformados sequiosos de status e com pouca aptência directiva mo veda. Pessoas que, na sua vida de trabalho activo, tiveram as férias sempre nos períodos que quiseram.

Mas quem pode manda ; e lá vou eu uma semana para o costumeiro Algarve ( com milhares de pessoas) ; pagar apartamentos mais caros o dobro que há um mês atrás; tentar estender a toalha numa praia com o triplo das pessoas que há um mês atrás.

E voltar com o sentimento de não ter descansado nada  sabendo que , para poder descansar uns dias a sério, tenho que meter uma licença sem vencimento ou um atestado médico enganoso coisa que, por princípio ético, nunca fiz.

O primeiro que disser que "Férias é quando um homem quiser" leva uma bolachada!

julho 21, 2004

Conto erótico

Não sou muito apologista de andar aqui a falar deste ou daquele blog.
Aliás, já noutras alturas critiquei duramente a conversa de comadres em que se transformou a blogosfera nacional.

Mas há acontecimentos que justificam a excepção: Este senhor , que gosto muito de ler, resolveu fazer a publicação de um conto erótico no seu blog. Com a qualidade de escrita a que  já nos habituou, consegue separar a ténue linha entre o erótico e o pornográfico, sem nunca cair no mau gosto. E está a ter muito sucesso.

Parabéns!

julho 20, 2004

Exaustão

Já vos acontecer sentirem que perderam toda a capacidade de pensar?
Que os dias decorrem porque a engrenagem está montada e o vosso corpo, como num acto automático se efectuam as tarefas sem sequer pensar nelas?
Cai-se na cama num sono que se pede sem sonhos.
 
Boa noite.

julho 19, 2004

Poste lamechas


 
Quando se encontraram depois de tantos meses passados ,ela pediu:
_Dá-me um beijo...
Ele, obediente e com um sorriso nos lábios, fez aquilo que lhe apetecia há tanto tempo; envolveu-a nos braços e beijou-a como se beija uma boca que nos é familiar, saboreando de antemão o prazer.
 
Amaram-se num misto de saudade e paixão porque não sabiam quando o poderiam fazer de novo. Completaram-se.Foram um só.
 
E despediram-se na incerteza de um novo encontro, mas na certeza de um Amor.
 
Eu sei que é lamechas, mas hoje estou assim, fazer o quê?

julho 18, 2004

Porque há dias assim

Perfeitos.

julho 16, 2004

Paulo Portas soma e segue

Não, isto não é de algum modo um elogio ao Presidente do PP.
Até porque, apesar de ser uma mulher de direita, não o acho minimamente vocacionado para
presidente de coisa nenhuma, muito menos de um partido político.
Este senhor é o responsável pelo meu maior blackout eleitoral.
Mas ocorreu-me o seguinte:
  1. Nas  últimas eleições europeias, a coligação PSD/PP perdeu 2 deputados...ambos do PSD.
  2. No último governo o PP tinha 2 ministros, neste passa a ter 4.

Quem é espertinho, quem é?

julho 15, 2004

Dia Internacional do Homem

Hoje é o dia deles.
Sim, porque também têm direito.
A todos os homens que se sintam oprimidos pelo poder e supremacia feminina, quero expressar aqui a minha solidariedade e deixar bem claro que acredito na igualdade entre os sexos.
Todos juntos havemos de conseguir e, um dia, os homens sentirão que os direitos são finalmente iguais.
Não desistam, meus amigos!

Porque gosto muito desta música

  
 

 



julho 14, 2004

Projecto

O Projecto está acabado. Pelo menos, na parte que me toca.
Foram muitas horas passadas em reuniões, em frente ao pc a trocar mails e ideias, muito tempo roubado à cama.
Se for aprovado, haverá muitas crianças que terão um futuro melhor; uma articulação entre a Saúde, Educação e Segurança Social é difícil de conseguir, mas não impossível. Há um grande empenho de todos os parceiros do projecto para que as coisas aconteçam; ao longo de todos estes anos a trabalhar como profisionais nas nossas áreas, sentimos a necessidade de uma equipa transdisciplinar com soluções válidas para estes casos e mais as sentimos durante a estruturação do projecto em causa.
Coordenar uma equipa que apoie famílias com crianças deficientes ou em situação de risco social grave, crianças essas sinalizadas à nascença, é um desafio fascinante.
Assim o projecto seja aprovado e a verba conseguida.
Para que essas crianças comecem a ter um futuro melhor...logo à nascença.

Cinema

Gosto bastante de cinema e vou ver filmes com alguma regularidade.
Hoje levei a criançada a ver o Shrek 2.
Pronto, ok, EU fui ver o filme e levei-os a reboque!
Mas não vou falar do filme em si,que até é engraçado, mas sim da dobragem.
Vi o Shrek 1 dobrado e na versão original e, sinceramente, não sei se não gostei mais da segunda.Portugal está a evoluir muito em termos de dobragens de filmes.
É evidente que não se trata de um filme com personagens reais, pelo que dobrá-lo é sempre muito mais fácil, mas não há dúvida que as vozes foram uma excelente escolha.
A linguagem é , também, utilizada de forma que não seria possível em legendagem " Há muito, muito tempo, num reino bué, bué longe...
Sendo apologista das dobragens em filmes deste tipo, acho que se está no bom caminho para que a pequenada comece a gostar de cinema e sinta curiosidade pelas versões originais...legendadas ou não.

julho 12, 2004

Hoje é dia não

Não dormi quase nada esta noite.
Não me passa a dor de cabeça.
Não me sinto feliz.
Não me apetece escrever no blogue.

Geração..pais?

Com um título tão generalista, poder-se ia falar de muita coisa.
Mas há uma coisa que me atormenta o espírito há já alguns anos e para a qual não encontro resposta. Cá vai:
Quando é que a geração que está hoje na casa dos trinta sai de casa dos pais?
Sim porque, se tirarmos aqueles que estão casados ( apesar de muitos destes estarem ainda em casa dos papás), quase ninguém tem casa própria.
E isto faz-me muita impressão. Com 30 anos precisa-se de privacidade, de autonomia, de ter vida própria. E esta gente troca tudo isto por cama, mesa e roupa lavada de borla, enquanto aquilo que ganham ( os que ganham, porque há muitos com essa idade ainda a fingir que estudam) é apenas para os trapinhos e vícios pessoais.

Um dia destes, ao ver um documentário americano surgiu a seguinte frase: ele é estranho; tem 23 anos, uma licenciatura e ainda vive em casa dos pais.

Eu sei que em Portugal é difícil arranjar emprego, que as casas são caras, que as rendas também. Mas o que me parece reamente é que esta geração não tem um mínimo de espírito de sacrifício e tem uma ordem de prioridades estranha. É que há uma altura da vida em que não se podem comprar todas as roupas de marca, os cd's e dvd's que queremos, bem como não podemos sair todos os fins de semana porque a night sai cara.
Mas podemos ter um cantinho modesto só nosso, entrar e sair quando queremos, decidirmos quando e como fazemos as coisas. Enfim, tomar decisões.

Coisa que estes meninos carecas e meninas celulíticas não estão interessados em fazer.
Só falta, na altura de votar em eleições nacionais, mandarem o papá ou a mamã porque... se deitaram tarde!

julho 10, 2004

Carta aberta a Pedro Santana Lopes

Caro Pedro:

Esta carta é um assunto sério, pelo que espero que a leia com o devido respeito.
Eu até gosto de si, sabe? Não da forma que aquelas starlettes que o costumam acompanhar gostam, mas acho-lhe uma certa piada.
Gosto do seu ar de enfant terrible, do à vontade com que se move de forma colorida num meio cinzento como o da política.
Gosto do dinamismo que tenta dar às coisas, do sopro de modernidade.
Mas também o acho um cata-vento nas posições que assume; ok, digamos isto de forma séria: um pouco inconstante. E inconstâncias, quando se é primeiro ministo, pagam-se caras.

Por isso, meu caro, peço-lhe: seja coerente. Um pouco mais pausado e menos ousado.
Que de inovações andamos todos um pouco fartos, pelos resultados alcançados.

E depois, um país não é assim como um carro novo que se possa esticar até rebentar, porque logo depois vem outro.
Isto é assim a modos que uma coisinha única, por isso vá com calma.
Se bem o conheço, estes vão ser 2 anos de medidas populistas para "animar a malta" e ganhar as suas primeiras legislativas a sério, mas não se esqueça da factura que vai ter que pagar depois.

Ponha lá o seu dinamismo a trabalhar a bem de todos nós e eu até considero a hipótese de lhe dar uma segunda oportunidade. Combinados?

Primeiros mil

Entrei aqui e fui logo ver o contador de visitantes. 1002!!!
Mas vocês não têm mais nada que fazer, bando de desocupados? Nunca pensei que isto dos blogs atraísse tanta gente.
Sei que há alguns amigos que, por curiosidade, cá vêm espreitar de vez em quando, mas nunca pensei atingir este número em menos de mês e meio.

De quaquer das maneiras, a amigos e desconhecidos, o meu muito obrigada pela pachorra para me lerem e me aturarem. Façam desta a vossa casa e usem e abusem dos comentários.

:-)

julho 09, 2004

Sampaio

Se me dissessem que um dia iria falar de política num Blog, rir-me-ia descaradamente.
Mas como estou a chegar a uma idade em que os dislates se confundem com experiência de vida, cá cai:
O Sampaio teve coragem. Foi contra tudo aquilo que os seus colegas de ideologia política ( e que o elegeram em dois mandatos) pensavam . Foi contra as diversas manifestações populares de desagrado a Pedro Santana Lopes, vindas inclusivé de alguns colegas de partido.

Mostrou que, afinal, o Presidente da República não é o mero " corta-fitas" que as pessoas pensam que é.
Fez um discurso lógico e coerente , justificando a sua decisão de forma clara.

Não votei nele para nenhum dos mandatos mas, se pudesse, fá-lo-ia agora.
Não pela decisão que tomou.
Pela forma como a tomou.

julho 07, 2004

Humores

Estou com um humor de cão e não me apetece escrever. Para além de não me apetecer não me lembro de nenhum tema sobre o qual me apeteca falar. Melhor, até lembro, mas são demasiado intimistas , até mesmo para um blog anónimo ( que de anónimo cada vez tem menos, confesso).

Acabou a saga do futebol e os olhos estão todos virados para a política. Ora, com perdão de quem me lê,que se fecunde a política! Com eleições ou com o PSL a formar novo governo, vai haver a lavagem de roupa suja costumeira e depois a criação de novos tachos para a cor respectiva. Porque em Portugal não há políticos de grandes causas, mas sim opostunistas ambiciosos. Por isso, façam lá o que quiserem e tentem não nos lixar mais ainda, ok?

Estou numa fase em que, se pudesse, deixava este país para trás das costas e começava tudo de novo noutro canto do mundo. Bem longe daqui, de preferência. Isto parece uma contradição,porque ainda há menos de uma semana sofria de um nacionalismo compulsivo.

Para que não se façam juízos errados: gosto de Portugal. Muito. Não gosto é daquilo em que querem transformar o meu país nem da mentalidade comezinha da populaça, feita de Chicos-espertos-a-ver-se-enganam-tudo-e-todos. E isto ainda vai demorar muitos anos a mudar. Se é que alguma vez as pessoas quererão mudar.

Talvez eu não seja melhor que eles. Por isso é que, se calhar, cada um tem o país que merece.

julho 06, 2004

Sentimentos de sonhos impossíveis
Revoltas vividas por injustos ditos.
Raiva.
Contidas frases de quem não tem o direito de amar
Pares que passam no hemisfério da vida
Sem história.
Solidão.
Espreitar ao longe vidas duplas
Ocas memórias de passagens.
Estupro.
O que me rasga o ventre
Que me mata a alma
Que me deixa vazia de sentimentos.
Morte.
De tudo
De todos
De relações
Contrária de vidas , mas digna reparadora de injustiças.

Renascer.
O branco de entre o negro
Na pureza dos afectos intocados, virgens.
Guardados no fundo das guerras
Emergentes nas revoltas.
Vida.
De amores guerreiros do destino
Desafiadores de certezas.

Amo-te.

julho 05, 2004

Nortada

À medida que o comboio vai seguindo para norte, a paisagem altera-se. Acaba a nostalgia da planície alentejana ( ou pelo menos o que se adivinha dela, por estas bandas) e dá lugar a uma Beira fértil e serena, senhora de verdes e castanhos- terra, de pequenas hortas cuidadosamente cultivadas. Continuamos a subir, rumo ao Porto, rumo ao mar. Passamos Espinho e lá está ele, ao lado da linha, quilómetros de praias desertas mesmo no Verão, a nortada fria a desafiar os mais corajosos. É lindo no Inverno, este mar do Norte. Cinzento, agreste, a contrastar com o calor das gentes ; esse sim, perene.

Conheço mal o Norte, apesar de tudo. Poucas vezes fui ao Minho e apenas duas a Trás os Montes.
Mas, para lá do Douro, há um sentimento de solidariedade comum a todos. De simpatia. Ninguém se sente só, por lá. Há sempre um sorriso à nossa espera. Até o sotaque é quente. A forma como tiram a agressividade dos érres e os rolam, adoçando a fonética da língua.

As casas escuras e cinzentas e as vielas sujas e gastas fazem parte de cenários românticos de um povo que tem sempre a mesa posta para que nunca haja fome. Principalmente no coração.

Pequeno comentário

Do fim de semana não me apetece falar, dada a " alta qualidade" de alguns dos comentários feitos ao poste anterior. Aprendi,pelo menos, que não devia fazer aqui postes de carácter pessoal. Mas como estou em minha casa, faço aquilo que me apetecer. Desenganem-se, pois Anónimo(s). A garantia de que nenhum comentário será apagado, já dada anteriormente, continua; pelos mesmos motivos.



julho 01, 2004

Ausências

Os meus pequenitos vão de férias amanhã. Vou ficar sozinha uma semana. É um grande pedaço de mim que parte, mas eu também preciso de momentos a sós. E não me sinto menos mãe por isso. Fico também um pouco de férias,sem horários de refeições a cumprir e sem a preocupação das refeições completas. Vivam as saladas!

Aproveito o fim de semana e vou passear a Terras do Norte. Eu gosto do Porto e das gentes de lá. Mas sobre isso falarei outro dia.

Só queria informar os meus milhares de leitores ( risos) que esta é uma ausência programada.

Até segunda, se não me derem as saudades e não vier aqui rabiscar umas linhas num pc algures no norte, carago!