agosto 31, 2004

Nostalgias

Durante o jantar de sábado, falámos de coisas que nos marcaram na nossa infância.
É engraçado como há memórias comuns entre pessoas que se conheceram apenas na idade adulta.
Carrinhos de rolamentos, desenhos animados, filmes de cinema e séries de TV, tudo isto foi partilhado por uma geração que não ouviu falar de Playstations, computadores e internetes. E que, por acaso, não lhe fez muita falta.
Mas houve memórias avivadas e uma delas foi acerca de uma das séries culto da minha infância: Os Pequenos Vagabundos.
Quem (com idade suficiente para ter juízo), não se lembra do Jean Loup e da Marion-des_Neiges? E o Patrick, que era o meu favorito, com o seu blusão de cabedal preto? De tentar adivinhar, numa tv a preto e branco, se os olhos do Jean Loup eram verdes ou azuis?
E saber de cor as músicas ...
Não quero rever a série. Não quero, ao invés dos meus amigos, ver um bando de aventureiros transformados, com o passar da minha idade, num bando de crianças. Prefiro guardá-los no meu imaginário com a coragem e a rebeldia que sempre lhes atribuí. Como símbolo de uma geração que é a minha.

agosto 30, 2004

Magias


Barco do Aborto II

Que o governo tenha proibido a atracagem do referido barco em Portugal, não concordo mas até percebo.
Mas que nem sequer condicionem as visitas e ainda o digam à comunicação social é um acto vergonhoso.
Haja coerência, senhores!!!! Mas vale ser um cretino inteiro que meio cretino!!!!!!!!

agosto 27, 2004

Fim de semana ( outra vez este título?)

Mas que título se pode usar para falar de um fim de semana? Que se amole, pois.
Preciso de espairecer. De me divertir. Que a vida já tem dose de peso e enfadamento que baste.

Amanhã vou deitar a vida para trás das costas e entrar pela noite dentro com um grupo de pessoas de quem gosto muito.
Jantar, beber, rir, dançar,conversar, são coisas que devíamos fazer muito mais vezes. Eu, pelo menos, devia. Talvez não andasse tão sombria no dia a dia.
Devia aprender que nem sempre as pessoas de quem gostamos estão ao mesmo tempo TODAS connosco; talvez assim não me sentisse sempre emocionalmente fragmentada.
E que, talvez, aprendesse a tirar maior alegria de pequenos mas importantes momentos. Como o de amanhã.

Por isso, se chegar aqui no Domingo morta de sono e ressacada, façam o favor de me aturar! É para uma boa causa...

Isso não se faz, pá!

Ó RC, para a próxima vens cá limpar o monitor que ficou todo cuspido de Coca Cola!


Conversa de loucos (verídica)

- Adoro Gin
- Eu adoro uma boa soda.
- Sério?
- Pois, saz bem à faúde!

agosto 26, 2004

Anti sonhos

Foi exactamente isso que acabaram de me chamar: anti sonhos.
Parei para pensar e , de facto, não sei quando deixei de sonhar. Talvez quando percebi que tudo aquilo que sonhamos nunca se realiza. E, se passamos a vida a perseguir quimeras impossíveis, chegamos a uma altura em que olhamos para trás e temos vontade de chorar.


Sonhei, como todas as crianças: que seria uma princesa e que um bravo cavaleiro me viria salvar das garras do dragão. Sonhei que seria uma médica famosa e que iria para África salvar vidas.
Sonhei depois e até há pouco tempo coisas demasiado íntimas , até mesmo para pôr aqui.
E aprendi que sonhar faz bem, alarga-nos as perspectivas de vida. Desde que saibamos sempre que tudo não passa de um sonho. Senão, caímos nas garras das frustrações mal curadas.


O segredo está em viver o dia a dia, devagarinho, aproveitando as raras boas oportunidades que nos aparecem pela frente, mas sem grandes perspectivas futuras. Deixar correr suavemente a estrada da vida. Poderá não ser uma auto estrada como parece que os outros têm, mas será pelo menos livre de muitos acidentes de percurso que magoam. Muito.


Provavelmente amanhã já mudei o tom do discurso, mas hoje apeteceu-me partilhar isto...comigo mesma.

Internet e Televisão

Eu tentei, juro...
Sentei-me ali no sofá, sossegadinha, de telecomando na mão e pensei: Ana, hoje não vais à net. Passas por lá horas e horas,ao serão. Assim que deitas os catraios, tungas, lá estás tu! Hoje vais-te sentar no sofá e vais ver televisão. Afinal, gostas tanto de ver um filme, de passar os olhos pelas notícias...

E lá me sentei eu, sossegadinha, telecomando na mão...zás...jogos olímpicos....zás.....as notícias repetidas....zás.....novela.....zás.....novela. Comecei a ficar incomodada.

Mas isto vai durar toda a noite, pensei? Ok, vamos ler um bocado. Peguei num dos livros que ando a ler; mas , à noite, gosto de ler deitada e no sofá as costas queixam-se ao fim de uma hora. Pronto, leio na cama, à hora do costume.

Vamos lá ver o que está a TV a dar, de novo: Sorte dum raio! Mas está tudo na mesma??

Desisti e vim para aqui. Não me apetece fazer mais nada. Sento-me numa posição o mais incorrecta possível ( engraçado, nesta cadeira não me doem as costas), entro no blog e vou fazendo naquela coisa nova , ali em cima:next blog....next blog...next blog... E porque tenho a sensação que é muito melhor o next do blog que o zás da Tv?

Entre dois dedos de conversa no MSN e a leitura ao acaso de uns blogs, prefiro deixar a minha tortura televisiva para outro dia..quem sabe com a nova programação em Setembro? ;-)

agosto 25, 2004

Os malditos dos comentários...

...estão avariados.Mesmo que alguém comente, aparecem a zero. No entanto, se os abrirmos, estão lá os registos.
Eu juro que não mexi em nada.

Quem te manda a ti, sapateiro, tocar rabecão.

agosto 24, 2004

Jantares

Acabei de chegar de um belo jantar. Fui ali ao outro lado do Tejo comer uma açorda de sável, regada com um branco alentejano. Para não fugir ao regionalismo, convenhamos.
Vivo num azona privilegiada, num pequeno recanto ribatejano entrincheirado entre a Beira Baixa e o Alto Alentejo.
Isto dá-me muitas vantagens, como poder escolher o melhor de cada gastronomia e de cada paisagem. Posso escolher entre a monotonia da planície alentejana e o acidentado das colinas beirãs, com os granitos a descoberto.
Roam-se de inveja, vá.... ;-)

O barco do aborto

Já muito se disse ontem e hoje sobre este assunto. Não me vou alongar, por isso.
Mas há uma coisa que me escapa, no meio desta polémica toda; não vou, sequer, discutir aqui a legalização do aborto. Isso ficará para outras abordagens.
Mas, porque é que:
- Toda a gente sabe o que é que o barco cá vem fazer.
- Sabem que a actividade é manifestamentre ilegal em Portugal.
- Não impedem o raio do barco de entrar em águas territoriais porquê?

A sensação que fica é que a polémica interessará a alguém altamente colocado nos meios políticos nacionais...ou não?

Dias negros...

Em que a saudade aperta e nos faz caminhar de cabeça baixa no meio de uma multidão anónima.

Os fragmentos de vida, por muito juntos que estejam não passam disso:pedaços partidos de experiências bem ou mal sucedidas, que cortam ao mais pequeno toque.

Sangue de muitas cores, seiva de vidas precocemente ceifadas, porque a solidão corrói sentimentos adormecidos.



agosto 23, 2004

É disto que eu falo ali em baixo:


agosto 22, 2004

Jogos Olímpicos

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Ontem vi, no canal 1, a crónica diária sobre os Jogos Olímpicos. Foram entrevistados alguns dos atletas portugueses que ficaram pelo caminho. E o discurso era igual : estou muito contente por ter participado, ter chegado até aqui já foi muito bom.
Eu sei que, na maioria dos casos, os apoios que o estado dá aos atletas é insuficiente e que a todos fazem o melhor que podem. Que a maioria dos atletas medalhados dos outros países, com as condições dos atletas nacionais, teriam idênticos ou inferiores resultado.


O problema passa por uma coisa chamada AMBIÇÃO. Se eu fosse atleta de alta competição, treinasse uma vida inteira para estes nos Jogos, prescindisse diariamente de muita coisa para ter tempo para treinar, ficava danada da vida por não ter ido mais além. Raivosa. E não o escondia com clichés educados e paninhos quentes, perante a comunicação social.

Porque tinha todo o direito a sentir-me assim. E porque a ambição é um sentimento comum a todos os vencedores.


agosto 21, 2004

Egoísmos

Estou a gostar deste Verão. Com uma semana de férias apenas, durante a qual o bom tempo cumpriu a sua parte, sabe-me bem agora não ter que trabalhar com temperaturas altas, que me deixam num estado próximo da inércia. Mesmo com ar condicionado, desespera qualquer um ter o carro ao sol a tarde toda e depois "assar" todo o percurso de regresso a casa.

É que ,convenhamos, frio e coisa que não está.

Deixa lá ficar esta temperatura o resto do ano ( Inverno incluído), ó S. Pedro, a ver se eu me ralo!

Supertaça

"Ó mãe, o Porto este ano não tem equipa de jeito!"
"Ó mãe, vocês este ano vão levar tantas, mas tantas!!"
"Ó mãe, olha que o Pintinho mandou o treinador embora! A supertaça é nossa!"
"Ó mãe, então não queres ver o jogo? Já sabes o que te espera, não é?"



_" Ó filho, como é que ficou o jogo?
_ " Escusas de estar a gozar, tá bem?"

Para não ter que ver aqueles olhitos tristes, eu até gostava que os outros tivessem ganho a supertaça.

agosto 20, 2004

Profissões

Acho que errei na profissão. Muito sinceramente.
Fui ontem fazer a revisão do meu carro e paguei a módica quantia de 252,78 €! Os senhores mecânicos saberão quantas horas eu tenho que trabalhar para ganhar esse dinheiro?
Isto leva a uma conversa mais abrangente, como a do sucesso do ensino tecnológico em Portugal. Qualquer bom electricista, canalizador, mecânico, pedreiro, etc, ganha muito mais dinheiro do que a maioria dos novos licenciados deste país; a maioria dependente de conhecimentos dos progenitores ( as ditas cunhas) para se " encaixarem" neste ou naquele emprego. Aos outros, restam as caixas de pagamento dos hipermercados. Conheço alguns casos destes, sim.
A política de ensino deste país está errada dos pés à cabeça. Escolaridades obrigatórias com passagens automáticas servem para quê? Conheço casos de miúdosque, no 5º ano, nem o nome sabem escrever E que é feito do tal ensino gratuito? Sei bem quanto vou gastar só com os livros que os meus dois filhos ( dentro da tal escolaridade obrigatória), vão precisar.
A criação de raíz de cursos, de facto, virados para as tecnologias é essencial. Aprendamos com o passado, quando existiam os cursos comerciais e industriais. Hoje em dia, as secretárias são senhoras gestoras e os mecânicos,senhores engenheiros.
O fascínio dos cursos superiores é uma quimera dourada que o próprio sistema incute nos jovens. Uma questão, apenas de status.
Está mais que na altura de parar para pensar e de dar ao país os profissionais que ele precisa, de facto.
E dar aos jovens, finalmente, o respeito que eles merecem.

agosto 19, 2004

Boa notícia e má notícia

A boa notícia e que consegui, finalmente, perceber como se mexe nos comentários desta coisa. Burra, burra, 3 vezes burra!!

A má é que, como seria de esperar, perdi todos os comentários já feitos a postes antigos. Não há bela sem senão.

Peço desculpa a todos os que postaram ( ok, à meia dúzia que costuma lembrar-me que este blogue está vivo) e prometo não mexer mais nisto.
A Gotika faz o convite:
Amanhã, pelas 23 h, encontro de bloguistas num canal de IRC. As explicações estão todas no blogue dela. E bem explicadas.
Eu, se conseguir perceber pela primeira vez na vida alguma coisa do mIRC, lá estarei.

Conversa de bloguistas

O convite parte da Gotika e é assim:

Amanhã dia 19,pelas 23 h,Encontro de Bloguistas no IRC. As explicações estão todas no blogue dela e eu, se pela primeira vez na vida me conseguir entender com aquela coisa, lá estarei.
O convite , no entanto, fica feito.


agosto 18, 2004

Resposta a um registo e esclarecimento

Parece que fui mal interpretada pelo Escândalo da Casa Pia. Vamos lá deixar isto bem esclarecido:

- Não houve qualquer denotação nas minhas palavras em relação ao vosso blogue, penso. Se houve, foi apenas na vossa interpretação. Ninguém se sente contagiado por casapianos. Eu, pelo menos, não me sinto.Errado o seu pensamento , caro aluno 10 388.

_ É claro que a escolha dos templates é livre, como é claro também que haverá por essa blogosfera fora centenas de blogues com o nosso template. E não vejo mal nenhum nisso.

_ O incómodo que me causou a coincidência foi gerado no próprio mal estar que sinto com a situação que levou à necessidade de criar um blogue sobre esse assunto; pela passividade existente; pelo uso em proveito próprio de alguns, num caso que devia ser uma lição nacional; pela vergonha da justiça; pela violação de direitos humanos básicos.

- Quando disse que foi criado um novo blogue, até aqui nada de novo, foi isso mesmo que quis dizer: criam-se dezenas de novos blogues todos os dias. Sem segundas intenções, as minhas palavras.

- É lógico que os nosso blogues nunca serão iguais. Os objectivos de um e de outro são completamente diferentes.

O resto do seu comentário não me dirá respeito, penso, porque nada do que lá refere foi dito ou sequer insinuado por mim. Como tal, abstenho-me de comentar.


Uma nota final: O incómodo pode desaparecer. Vocês poderão, sem dúvida, contribuir para isso, assim cumpram com os objectivos a que se propuseram. Está só nas vossas mãos. Boa sorte. Não pensem é que o mundo anónimo está contra vós, porque não está.

agosto 17, 2004

Novo blog

Ontem foi criado um novo blog, O Escândalo da Casa Pia
Até aqui, nada de novo.
Só que este blogue tem um template igual ao meu. E isso deixou-me incomodada. Quando o abri, senti como que se o Blogantes estivesse ligado de algum modo a tudo isto. Palermices minhas, eu sei.
Mas agora torna-se urgente aprender mais qualquer coisa de HTML.

Verão? Que Verão?

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A chuva não pára, dia após dia vem visitar-nos, ora em bátegas violentas ou de mansinho, entrando sem pedir licença no nosso Verão.
Como já não estou de férias, sinto-me bem a trabalhar com estas temperaturas, chegando até a imaginar que estou num qualquer clima tropical. Sou egoísta, eu sei.
Mas ontem ( ou já hoje), por volta das duas da manhã, não conseguia dormir.
Abri a varanda e fui e respirei o ar da noite, fresco. A chuva, essa, caía tão silenciosamente que se eu não a visse, em contraste com a luz dos candeeiros da rua, não me teria apercebido dela.
O silêncio era total. Ou quase. Ao longe, uma cigarra cantava, lembrando-me que era Verão. Cantava para a chuva, que eu sei.
Sentei-me até que a humidade que pairava no ar me deixasse arrepiada, respirando o cheiro da terra molhada.
E assim que me deitei, adormeci.
Porque há momentos que são perfeitos e nos deixam em Paz.

Introspecções

Nunca, em 40 anos, me lembro de um Verão assim. Chuvoso, triste.
E também nunca trabalhei tanto neste mês. Aquilo que costumava ser um mês de dolce far niente transformou-se esta semana num crescendo de doentes novos que parece não ter fim.
Por este andar, chego a Outubro ou Novembro exausta e sem a menor perspectiva de poder tirar uns dias para carregar baterias.

A vida vai assim decorrendo, devagar, sem denunciar grandes mudanças. Um eterno rame-rame de monotonias que, sinceramente, me começam a enervar e a mexer comigo.

Estou naqueles dias em que apetece atirar tudo para trás das costas e partir. Hoje apetecia-me ter de novo 21 anos e, acabada de formar, receber aquela proposta de trabalho em Angola. Se fosse hoje aceitava. Não sei se, com esse ponto de partida, teria uma vida melhor ou pior, actualmente.

Seria seguramente diferente.

agosto 16, 2004

Pela boca das crianças vem a verdade ao Mundo

" Ó mãe, tu tens que deixar crescer os cabelo até às costas e as unhas com as da tia Ana e pintá-las de branco para ficares bonita e vaidosa como ela."

Eu adoro a minha sobrinha!!! ;-)

agosto 15, 2004

Praia da Aguda

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A tarde de ontem esteve esplêndida. Uma brisa ligeira cortava o calor do sol o suficiente para que este nos aflorasse a pele numa carícia leve.
A areia, quente, limpa, convidava ao descanso. Porque a praia estava silenciosa, como estão as praias com pouca gente. Algumas pessoas davam colorido à areia, mas a distância mais que suficiente para que a nossa privacidade não fosse invadida.
E havia o mar. Esse eterno amigo, que me sussurava segredos de olhos fechados. Batia ritmicamente nas rochas, num convite velado.
E eu fui. Devagarinho, à espera de sentir o frio das águas do Norte, antecipando o arrepio costumeiro. Surpresa das surpresas, fui envolvida por uma onda quente. Não sabia que no Norte a água do mar podia ter aquela temperatura. Toda a semana que estive no Algarve banhei-me com água mais fria do que esta que me deu o prazer de um banho prolongado, um misto de água, sol e sal. A combinação perfeita.
A companhia? Ah, tão boa como pode ser a dos verdadeiros Amigos :-)

agosto 13, 2004

Blogues e bloguices

Depois destes meses a vaguear pela blogosfera, cheguei à conclusão que os blogs se podem dividir por tipos.

1- Os que, por serem de personalidades conhecidas, têm sucesso garantido à partida ( nem que seja para criticar).

2- Os que singram na blogosfera porque os autores, inicialmente anónimos, apresentaram uma excelente qualidade na escrita e tornaram-se conhecidos. Passam para o grupo 1.

3- Os que tentam desesperadamente ser conhecidos como se isso fosse a última coisa que fizessem na vida e, para tal, lançam farpas nos comentários dos grupos 1 e 2 ou mesmo no próprio blog, mas sempre com links para os citados. Mais cedo ou mais tarde, os visados respondem e os integrantes do grupo 3 sentem-se importantes e felizes.

4- Os que fazem do blog um diário mais ou menos constante. Este grupo acaba por se fartar de blogações, pelo que é dinâmico. Vai sempre mudando.

5- Os que se estão nas tintas se o que escrevem é ou não lido. Fazem-no pelo gozo de escrever quando lhes apetece e passam de blogadores compulsivos a ausentes de um momento para o outro.

6- Os que têm um blog por questão de moda. Não vale a pena dizer mais nada.

7- Os " tudo ao monte e fé em Deus". Escrevem com frequência inconstante sem temas pré definidos. Gostam de receber comentários ao que escrevem. Andam de blog em blog diariamente e todos os dias descobrem coisas novas. Escrevem medianamente, a maior parte deles, mas dá-lhes muito gozo fazê-lo. (Esta última característica poderá ser comum aos grupos anteriores, mas é mais notónia neste). É o grupo do BLOGANTES :-)

E tu, em que grupo achas que te inseres?


Nota: Nenhuma das descrições foi feita com carácter depreciativo. Sintam-se os autores bem consigo mesmo, afinal o blog é a casa de cada um.

agosto 12, 2004

Estes lisboetas são loucos!

Ontem fui à capital do Império.
Eu gosto de Lisboa, note-se. Mas o que me leva a gostar de Lisboa não vem aqui ao caso.
Cheguei depois de almoço e precisava de estacionar o carro na zona do Saldanha. Lugares, pagantes ou grátis, népias. Meia hora depois, lá consegui um mísero encaixe a cerca de um quilómetro do sítio onde precisava de ir. Tratei de sacar a segurança do rádio e a antena, que as más experiências já foram algumas. E lá liguei o alarme; não sei bem para que o liguei, porque passei por vários carros com alarmes a tocar e as pessoas nem para eles olhavam.
Mas adiante.
Já em viatura alheia, fomos a vários locais da cidade. Sempre em fila, sempre debaixo de buzinadelas, sempre uma tragédia grega para estacionar o carro. Agosto em Lisboa é mais livre de carros? Só se começarem a circular em camadas.
Precisávamos de ir à zona de Sintra, mas claro que a viagem ficou marcada para o início da noite. A fama do IC19 precede-o.
9 da noite. Segunda circular completamente congestionada . Acidente. Meia hora de fila. Chegámos ao local 5 minutos antes de este fechar.
Demorámos uma tarde inteira a fazer uma coisa que, por estas bandas, se faria em duas horas.
É tão bom viver na província...

agosto 10, 2004

Jogos Olímpicos

A Rosa Mota vai transportar a tocha olímpica na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Atenas.

Estás a ver, ó Elsa Raposo? Não é preciso ter a mania que se é gira para se ser famosa.

agosto 09, 2004

Lá vão eles outra vez

Os pimpolhos foram de férias mais uma semana. Com eles, foi um grande pedaço de mim.
O restinho que cá ficou vai trabalhar durante as tardes, que as manhãs são como devem ser as manhãs de Agosto: para descansar.

Porque é que eles me moeram a cabeça uma semana inteira , tiraram-me do sério até eu quase perder as estribeiras e eu já estou cheia de saudades deles?

Raios... síndrome maternal dói!

agosto 08, 2004

É triste..

É mesmo muito triste, uma gaja querer mudar coisas aqui no blogue e não saber a ponta dum corno de HTML.

Ora fecunde-se!!

Aceitam-se lições...

It's de big 40's!!

Pronto, já está!
E não doeu nada, ao invés do que eu pensava. Não vislumbro sequer uma pontinha da tão famigerada crise de meia idade. Faz-me um bocadinho de impressão as pessoas que pensam assim no tempo de forma tão descontinuada: ontem estavam bem e hoje, só porque fizeram 40 anos...ai que horror, estou velho. Velhos são os trapos, lá diz o ditado.

Sinto-me muito bem. Aliás, esta idade traz vantagens; começamos a ser tidos como pessoas ponderadas, com experiência de vida. Os nosso conselhos começam a ter outro valor. Coitados, se eles soubessem que sentimos a maior parte das vezes como se tivessemos acabado ontem de sair do liceu!
A vida é, de facto muito curta. O que nos dá mais um motivo para a vivermos intensamente. De todas as coisas que fiz ou vivi, não me arrependo de nenhuma. Algumas faria, claro, de forma diferente mas, mesmo assim, aprendi a retirar as poucas coisas boas que os maus momentos têm. Porque em todas as situações há um lado bom e um lado mau.
E amanhã, quando me levantar, digo: que venham mais quarenta!
OK, sei que é um texto umbiguista, mas apeteceu-me e mainada... afinal, só se fazem 40 anos uma vez na vida.

agosto 07, 2004

Voltei, voltei,voltei de lá...



Uma semana passa, de facto, num ápice.
Mas, quando se aproveita, o tempo transforma-se em dias e dias de lazer, de dolce far niente em quentes areias e crepúsculos vermelhos.

O mar, esse eterno companheiro e confidente,estava igual a si próprio. Acolhedor.

Foram momentos de puro descanso, de reflexão, de sonhos conscientes. Se é que algum sonho é consciente.

Revi amigos queridos, com os quais apenas nestas alturas posso estar lado a lado, em momentos cúmplices.

Dormi quando tinha sono, comi quando tinha fome. Furtei-me a todos os horários imagináveis, rotineiros; porque de rotinas vivemos o ano todo.

Fiz e desfiz castelos de areia, etéreos, passageiros... como todas as construções de areia... como todos os sonhos. Porque sonhei, é claro. E, sonho após sonho, voltei a prometer a mim própria:
_ Um dia vais ter uma casa na praia, mesmo ao pé do mar. Abres a janela e sentes-lhe o cheiro, ouves-lhe o ritmo das ondas, como o de dois corpos unidos num acto de amor. E vais poder olhá-lo sempre que te apetecer.

Quero uma casa pequenina, aconchegante, numa das praias da Costa Oeste, onde o mar se zanga com a gente. Para poder ir lá todos os fins de semana e fazer as pazes com ele.