dezembro 31, 2004


Agora é a minha vez.
Dispo a armadura que me protege e exponho a nudez das minhas emoções.
Choro no teu colo as lágrimas que não tenho coragem de mostrar a mais ninguém.
A minha dor molha-te os lábios enquanto me beijas o rosto.
Aninho-me no teu peito e tu abraças-me.
Depois acordo e vejo que não estás aqui.

dezembro 29, 2004

Vidas

Hesitei muito antes de escrever este post.
Depois de o acabar, este blog estará indissociavelmente ligado à minha vida.
Pensei escrevê-lo como forma de aclarar as ideias e deixá-lo em rascunho, mas decidi publicá-lo. Será uma espécie de diário que, como todos os diários, não se sabe o dia em que acaba. Nem a forma como vai acabar.

Faz hoje precisamente duas semanas que o meu único irmão, 37 anos, pai de dois filhos e com o terceiro a caminho, advogado, foi internado no hospital daqui com um diagnóstico de pancreatite aguda.

Está neste momento num hospital em Lisboa com um quadro clínico complicado, em que a taxa de sobrevivência é menor a 10 %. O meu mano pode estar a morrer no preciso momento em que escrevo estas linhas. É demasiada exposição num blog público, eu sei. Mas partilhar a dor camufla-a, por vezes. Engana-a.

Passei a noite de Natal nas urgências desse hospital. Vi sofrimentos maiores que o meu. E vi desde o início de tudo isto, a dedicação de todas aquelas pessoas que lá estavam por terem que trabalhar , mesmo preferindo estar com as famílias. Eu sou suspeita. Também sou profissional de saúde. Mas tenho ouvido, ano após ano, falar da desumanização dos serviços a nível dos hospitais centrais. É mentira. Um tremendo engano. Encontrei equipas coesas, incansáveis,competentes, frontais, prontas a ouvir as nossas dúvidas e sempre com tempo para nos esclarecer. E que sei que estão a dar tudo por tudo para que o meu mano se salve.

80 000 pessoas morreram e eu mal presto atenção às notícias. Por causa de uma única pessoa. Não consigo sentir pena, a não ser da minha cunhada grávida,dos meus sobrinhitos prestes a ficar sem pai e dos meus pais, também com problemas de saúde, que não merecem ter que passar por isto. Pode-se chamar a isto egoísmo?
Não consigo sequer ter pena de mim...

dezembro 24, 2004

Contradições

_ " Ó mãe, acorda, finalmente chegou o Natal."
_ " Ó tia, porque é que o meu pai tem que passar o Natal no hospital?"
_ " Mãe, posso abrir já uma prendinha? Só uma?"
_" Tia, vens passar connosco a Natal a casa da avó? É que assim é quase igual aos outros anos..."
_"Mãe, a que horas vamos para casa da avó?"
_ " Tia, o meu pai vai morrer?"


( 8 anos cada uma. Tão parecidas o ano inteiro, tão próximas e tão cúmplices. Natais tão diferentes.)

dezembro 23, 2004

Respirações

Corpos nús exaustos, suados.
Ela ainda deitada em cima dele.
Rostos colados.
Respiram ofegantes. Inspirações e expirações em uníssono, como se de um só corpo se tratasse.
Como momentos antes, quando se amaram. Orgasmos simultâneos, espasmos de prazer de uma só vez.
Mãos dadas, dedos cruzados.
Adormecem na certeza de um amor presente.

dezembro 21, 2004



Segura-me.
Dá-me a mão, que sei que vou cair.
Puxa-me para ti e aninha-me no teu colo, afugenta os papões que me aterrorizam e não me deixam dormir.
Abraça-me.
Com força.
Deixa-me ser menina-mulher a teu lado.

E depois trocamos e eu posso voltar a ser quem sou.

A Vergonha

... de viver no país que vivo.
Já que fazemos parte da União Europeia, podiam instalar aqui uma algo parecido com uma comissão de gestão interina formada por pessoas idóneas e competentes, coisa que parece não existir neste país. Um grupo de pessoas que metesse isto nos eixos. Andam há quase 30 anos a tentar controlar " a crise", a utilizar um país em benefícios pessoais e partidários, em experiências mal sucedidas de políticas rafeiras.
Chega.
Façam de mim espanhola, inglesa, o que quiserem. Obriguem-me a trabalhar mais ainda e a pagar mais impostos, se for necessário. Mas mostrem-me resultados a curto prazo.
Retirem a independência a esta nojeira a que chamam país, atolado na própria história até ao pescoço . Falido, mas megalómano. Até temos a maior árvore de Natal da Europa!
Cada vez penso mais em sair daqui para fora, porque cada vez mais tenho vergonha de ser portuguesa. E sinto que este dia está cada vez mais perto. Quero e exijo qualidade de vida. E, se não a consigo aqui, vou procurá-la a outro lado.

dezembro 19, 2004

Lá por não gostar do Natal não quer dizer que não tenha direito a presente...
Pode ser isto mesmo...

Sinceramente...

Primeiro foi aquela árvore de Natal enorme e pirosa lá em Lisboa.
Ontem foi meterem não sei quantos milhares de Pais Natal no estádio da luz.
Hoje ouvi falar de uma concentração de Pais Natal no Porto e num comboio ( nem sei se as duas notícias estão relacionadas).

Não acham que já enjoa, não? Irra...
Records válidos, como o do rendimento per capita ou o da produtividade, não vejo ninguém tentar bater.
Tronxos!
Não tenho vindo muito aqui, eu sei. Falta de tempo, de inspiração e de pachorra.
E porque há coisas que são tão boas que não se contam.

dezembro 15, 2004

Cálculo do Arcano Pessoal ( seja lá o que isso for)

A graça que eu acho a estes testes.

Gamado da Gotinha que bifou da Robina.

Seu Arcano Pessoal é:

6 - OS ENAMORADOS

Palavras-Chave: Escolha e Livre-Arbítrio


*** OS ENAMORADOS *** * Acontecimento marcante a nível psicológico aos 6 anos de idade;
* Amor pelo amor;
* Busca da realização afetiva e dependência emocional;
* Faz da relação o seu TUDO;
* Carente afetivamente;
* Indecisão e dúvidas acerca da própria capacidade;
* Sociabilidade e simpatia;
* Generosidade;
* Delicadeza e carinho;
* Instabilidade de humor ou temperamento;
* Aprecia as artes: poesia, artesanato, moda, música...
* Senso estético;
* Instinto protetor;
* Quer estar bem com todos;
* Aprecia festas ou encontros em grupo;
* Precisa vencer as inibições frente a seu potencial;
* Busca o belo e harmônico à sua volta;
* Coloca o coração em tudo o que faz;
* Pode titubear diante de algum desafio;
* Cuidado com as chantagens emocionais;
* Trabalhe a subserviência: saiba dizer NÃO quando for necessário;
* Quer apaziguar brigas ou conflitos;
* Deseja aprovação pessoal;
* Cuide do coração, cabelos, unhas, gânglios em geral;
* Romantismo;
* Idealismo e imaginação fértil;
* Sofre por antecipação;
* Positivo nas relações sociais ou trabalho em equipe;
* Cuidado com o conformismo;
* Expectativa quanto ao próximo: decepciona-se por esperar demais do outro;
* Sensibilidade aguçada;
* Sonha com um mundo melhor;
* Deseja ser compreendida à altura;
* Cria amizades com facilidade;
* Desafios a nível do coração;
* Escolher é difícil;
* Cuidado com o dualismo;
* Precisa trabalhar a concentração.

Morte

Domingo, 8:30 da manhã. O telefone dá sinal de SMS recebida e acordo sobressaltada. Sorrio, ainda ensonada, enquanto me lembro da mensagem recebida por volta da uma da manhã ( are you awake?) seguida de um telefonema de horas esquecidas sem sono. Mas esta mensagem era de pessoa diferente. E de teor diferente.

"A minha mãe morreu. " A morte agora também se anuncia assim, por SMS. Não me parece mal; há coisas que não queremos ouvir,quanto mais dizê-las, ouvir a nossa própria voz pronunciá-las. Sentei-me na cama, estremunhada. Instintivamente, marquei o número de volta para falar com ela. Ou antes, para a tentar ouvir falar. "Sim.... de noite, acabaram de ligar ao meu pai, do hospital.... vamos para lá agora." Eu sou prática nestas coisas. Detesto formalidades sociais, tipo " os meus sentimentos".
Precisas de alguma coisa_ perguntei? Eu vou buscar o miúdo e ele fica aqui em casa até amanhã, com os meus.

Se para se ser católico basta ter sido baptizado, então sou-o. Mas durante anos duvidei da verosimilhança de tudo aquilo num agnosticismo tolerante, tendo caminhado recentemente para um ateísmo convicto. Não me importo, no entanto, de estar presente em cerimónias de carácter religioso se isso for factor sine qua non para acompanhar pessoas de quem gosto em coisas importantes para elas.

Não vou sequer falar aqui dos pormenores do tempo que estive no velório, durante a tarde. Resumem-se a uma capela sobrelotada de gente a rezar o terço.

No dia seguinte, lá entrei na igreja também cheia de gente para a missa do funeral. A minha amiga já me tinha procurado com os olhos, pedindo-me para me sentar ao pé dela. E fui.
Entraram dois padres. Bonito_pensei_ isto vai demorar horas. E, de repente, duas das mulheres que eu tinha visto no velório na noite anterior começam a cantar. Muito mal, por sinal. E estavam perto perto de mim, uma de cada lado, como uma estereofonia estragada.
A pouco e pouco, toda a igreja começou a acompanhar criando-se um coro espontâneo. Quase todos cantavam; eu nem a letra sabia... Fixei um trecho, porque me marcou:
" Ó Morte, triste vencedora, onde está agora, a tua vitória? Ressuscitou, ressuscitou, aleluia , ressuscitou..."

Olhei em volta e percebi que aquela gente acreditava mesmo naquilo que cantava. E, de repente, tive inveja deles, que acreditavam que aquilo era apenas um recomeço. De pensar que, para mim, tudo acabava ali naquele caixão.

E apeteceu-me viver muitos, muitos mais anos. Voltar atrás para fazer muitas coisas de forma diferente. Aproveitar todos os bocadinhos de Vida a que tenho direito. Da minha Vida. Para poder, um dia, morrer com um sorriso nos lábios.


dezembro 14, 2004

Nunca vos aconteceu, de repente, ficarem com uma telha danada sem qualquer motivo para tal?
Apetecer-vos desistir de tudo e de todos?
Raios.

Monotonias

Não tenho tempo para mim, chego a casa às 8 da noite, com dois filhos com fome e o jantar por fazer. Não posso fazer o que quero, não tenho tempo para namorar, para tomar um banho de imersão, sequer.
Trabalho, trabalho, trabalho. E o poder de compra é cada vez menor. E eu cada vez mais cansada.
Apetece atirar tudo para o ar e recomeçar de novo. Recomeçar o quê? A mesma vidinha de sempre.
É só por isto que andamos neste mundo?
Ora vá lá, fecunde-se.

dezembro 12, 2004

Palavras para quê?



Politiquices

Que o Santana não seria grande Primeiro Ministro, até estamos de acordo.
Que daqui a uns tempos o Presidente da República poderia ter que convocar as eleições , até pode ser.

Mas, convocar eleições antecipadas e entre o seu anúncio e a data destas estar em causa a aprovação de um Orçamento de Estado... e isto pouco meses depois da posse do Governo:
Até eu lhe ia esfregar a demissão na cara, pá!

dezembro 11, 2004

Parece muito mal se disser que acabei de comer um pai natal?

dezembro 10, 2004

Afinal esta coisa do Natal também tem coisas boas!!!
Lembrei-me agora que, reza a tradição,se algum casal se encontrar nem que seja por acaso debaixo de um ramo de azevinho, têm que se beijar.


Ó pra mim aqui tão quietinha...

Para ti

Psst, vem cá...
Acendi a lareira e estou à tua espera.
Deita-te no meu colo , fecha os olhos e aninha-te em mim.
Afasta os fantasmas maus enquanto entrelaçamos os dedos e te beijo os olhos.
Deixa que as nossas mãos percorram livres os caminhos das emoções reprimidas durante tanto tempo. Entra em mim como se o mundo acabasse hoje e deixa que me entregue como nunca o fiz.
Afasta as culpas e sente o momento. Apenas o presente conta, hoje. Agora. Ontem já não existe e o amanhã será feito por nós. Provavelmente suados e exaustos do saciar do desejo. Mas felizes.
E fiquemos para sempre num jogo de ternuras, enroscados em leves beijos de quem sabe que o tempo parou para sempre.

dezembro 08, 2004


Este blog é zona livre de
Espírito Natalício





Nada nela denunciava as suas intenções. Levantou-se à hora do costume para ir trabalhar. Vestiu-se talvez de maneira mais informal, mas isso nela também já se vinha tornando um hábito; gostava daqueles jeans velhos, já moldados ao corpo e daquela camisa branca; hesitou no calçado,acabando por escolher uma botas práticas. Apenas a grande e pesada mochila poderia causar alguma estranheza, mas meteu-a na mala do carro.

Foi trabalhar como de costume, bebeu café à mesma hora, falou às mesmas pessoas.
_ Estás bem disposta hoje, não?_ perguntou uma colega. Ela sorriu silenciosamente.

Final do dia. Até que enfim! As horas custaram-lhe a passar, apesar de não o ter demonstrado a ninguém. Meteu-se rapidamente no carro rumando ao destino planeado: aeroporto. Naquela hora de caminho, reviu mentalmente todas as emoções, todos os factos. Acelerou ainda mais, enquanto ia aproveitando para fazer um ou dois telefonemas.
_ G., estou? Olha, não devo ir trabalhar nos próximos dias, estou a ficar adoentada. Se eu não aparecer, não estranhem...
_ Mãe, olá... Olha, vou sair uns dias, tenho uma amiga doente...depois telefono. É, foi de repente, eu depois explico, beijos.

Na entrada do parque do aeroporto, toca o telefone. Era ele:
_Olá, estás boa?
( Conversaram e riram como de costume)
_ Vais no carro, é? Já a caminho de casa?
_É...
_ Vai com cuidado, então. Gosto de ti...
_ E eu de ti. Beijos.

Estacionou o carro e dirigiu-se ao balcão da TAP_ vendas de última hora.
_ Boa noite, quero um bilhete para o primeiro destino onde não seja necessário visto de entrada. Não importa onde.
A senhora ao balcão, olhou-a nos olhos e sorriu. Só com os olhos, também:
_ Eu sei exactamente o que pretende, querida...acredite que sei. Só de ida, presumo?
_ Exactamente. A volta é incerta, ainda.
_ Porta de embarque 22. Corra, que já fizeram a última chamada.

Atravessou o aeroporto a correr , ao mesmo tempo que sentia o telefone a tocar de novo dentro da mala. Não parou para o atender, o bilhete na mão já não lhe permitia retornos.
Chegou à porta de embarque no último minuto, entrou no avião, sentou-se e quando ia desligar o telefone, reparou que era ele quem lhe tinha tentado ligar momentos antes. Tinha deixado mensagem no voicemail. Desligou o telefone.

Fechou os olhos durante toda a viagem, não porque tivesse sono, mas sim porque queria descansar. Quando aterraram, saiu e sentiu-se imediatamente inundada por um ar quente e húmido. África, talvez... afinal, nem tinha olhado para o bilhete.
Ligou o telefone e só então ouviu a mensagem:
_ Olha, esqueci-me de te dizer uma coisa há bocado. Não era " gosto de ti". Era " gosto é de ti". Mas logo falamos, beijo. Adoro-te.
Sorriu, enquanto duas lágrimas lhe sulcavam o rosto. Ao longe, na gare, uma árvore de Natal iluminada esperava-a.

E percebeu que há coisas que, por muitos quilómetros se percorram, viajam sempre connosco.
Natais e Amores incluídos.




dezembro 07, 2004

" Há momentos em que parto não sei para onde. Navegação espiritual. Ou dispersão na terra abstracta, a única que se vê quando não se vê. São as grandes caçadas dentro de mim mesmo, a busca da magia perdida, uma palavra cintilante, uma perdiz imaginária, um sopro, um ritmo, uma espécie de bafo. Como o teu. Às vezes sinto-o, outras não. Mas sei que estás aí, algures, enroscado na minha própria solidão."


Manuel Alegre, in "Cão como Nós"

dezembro 05, 2004

Actualização

A lista de blogs por onde passo os olhos quase todos os dias está ali ao lado, devidamente actualizada.
Ainda faltam uns tantos, mas:
_ Já estou farta de mexer no template.
_ Vocês não podem saber tudo ;-)

O prometido é devido



Isto depois de uma hora a desenrolar fios de luzinhas!

Dias chatinhos de caca

Não gosto de dias assim, em que tenho que andar a inventar coisas para fazer para manter o pensamento ocupado. Compras de Natal nem pensar, é demasiado cedo e o espírito não é dos mais natalícios, por estas bandas... Daqui a nada vou buscar a árvore de Natal à arrecadação e tratar do assunto de uma vez por todas, que os miúdos não me largam. Depois ponho aqui a foto, para provar que não sou assim tão má ao ponto de privar os pequenitos do Natal deles.

E sim, é verdade, isto é um post pessoal. Os outros, aqueles por causa dos quais me costumam moer a cabeça e que estive a escrever antes deste, ficam ali nos rascunhos impublicáveis. Para sempre.

dezembro 04, 2004

Aviso político à navegação

Com a queda do governo e consequente dissolução do parlamento, ofereço-me para a árdua tarefa de deputada à Assembleia da República, seja qual for o partido.
Compreendo a difícil tarefa que me espera, principalmente no que toca a ter que aturar horas e horas de inúteis discursos, mas faço-o pela Pátria.
Sei que não será fácil, que serão horas e horas de trabalho duro parcamente remuneradas, com reformas tardias e mal pagas, mas o dever assim o exige.

A bem da Nação,
Ana

dezembro 03, 2004

Manobras de diversão

Este post é só para protestar a hora tardia a que este programa dá.
Raispartam as novelas!

dezembro 02, 2004

Jingobéle (2)

_ Mãe...
_ Sim, filhota?
_ Sabes aquela música do Merry Christmas?
_Sim,sei...
_ Podias mandar vir essa pró teu telemóvel...


SOCORROOOOOOOOO!! Vou dormir e volto para Janeiro!
É assim tão mau não gostarmos do Natal? Preferirmos viajar no tempo e fugir a esta quadra? A memórias de Natais passados e Natais futuros? A sensibilidades à flor da pele? A consumismos desenfreados? A reuniões familiares quando preferimos estar sozinhos, porque não podemos estar com todas as pessoas de quem gostamos?

Ou estaremos apenas a fugir da nossa mágoa? O que não faz, necessariamente, de nós uns covardes.

Por isso: não gosto do Natal e pronto!!!