janeiro 09, 2005

Filosofias

"Nunca se mergulha duas vezes no mesmo rio," disse Heráclito.

Sinto esta verdade como se fosse minha.
Pode ser o mesmo rio, mas nunca serão as mesmas águas.
É deste dinamismo que necessita o rio.
Que para existir precisa de águas frias,
de confluências,
de turbulências,
de chapinhanços,
de sol que o aqueça,
de chuva que o faça crescer,
de margens que o segurem e o encaminhem para o seu destino.
Que nem ele próprio sabe qual vai ser.
Com azar, seca antes de lá chegar até se tornar chuva e se juntar a outro rio.
Com sorte, espraia-se num oceano azul, funde-se nas suas águas salgadas e torna-se parte integrante dele.
Os rios são como as relações pessoais, ao fim e ao cabo.

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial