dezembro 25, 2005



Não quero ver, não quero ouvir.
Fecho a porta ao mundo e fico cá dentro, sozinha. Assim não me magoo.
Vivo de memórias passadas, talves nunca vividas a não ser em imaginação. Por isso tão perfeitas.
Passo os dedos no meu corpo, leves, quase dormentes. Talvez por isso não os sinta.
Também não quero sentir. Sentir dói, mais cedo ou mais tarde. Mais cedo do que tarde, sempre.
Sentir para quê? Não existe nada lá fora. Só eu, aqui. E só por mim não vale a pena sequer abrir os olhos...

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