janeiro 04, 2006



Vou até onde a escrita me leva, deixando o acaso percorrer as teclas num texto sem nexo enquanto a mente vagueia, célere, por caminhos que a consciência evita percorrer. Tortuosos, possuem recantos escondidos e sombrios, onde até o meu mais profundo “eu” receia entrar. Desconheço parte de mim, ou deixei de me conhecer ao longo dos anos. Não me aceito. Não me respeito. Não gosto de mim. Desprezo a imagem que vejo reflectida nos olhos dos outros.

Quero um trampolim gigante onde possa saltar rumo ao infinito e, lá de cima, ver pequeninas as pessoas por quem passo agora indiferente. E, quando fizesse a viagem de retorno, aquela da qual não se volta nunca, fá-lo-ia finalmente com um sorriso nos lábios, ironia de quem sabe que, depois, nada importa.

Nota: Antes de me virem aqui moer a cabeça digo já que isto não é um post pessoal mas sim uma imagem que me foi transmitida hoje durante uma conversa.

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