agosto 26, 2004

Anti sonhos

Foi exactamente isso que acabaram de me chamar: anti sonhos.
Parei para pensar e , de facto, não sei quando deixei de sonhar. Talvez quando percebi que tudo aquilo que sonhamos nunca se realiza. E, se passamos a vida a perseguir quimeras impossíveis, chegamos a uma altura em que olhamos para trás e temos vontade de chorar.


Sonhei, como todas as crianças: que seria uma princesa e que um bravo cavaleiro me viria salvar das garras do dragão. Sonhei que seria uma médica famosa e que iria para África salvar vidas.
Sonhei depois e até há pouco tempo coisas demasiado íntimas , até mesmo para pôr aqui.
E aprendi que sonhar faz bem, alarga-nos as perspectivas de vida. Desde que saibamos sempre que tudo não passa de um sonho. Senão, caímos nas garras das frustrações mal curadas.


O segredo está em viver o dia a dia, devagarinho, aproveitando as raras boas oportunidades que nos aparecem pela frente, mas sem grandes perspectivas futuras. Deixar correr suavemente a estrada da vida. Poderá não ser uma auto estrada como parece que os outros têm, mas será pelo menos livre de muitos acidentes de percurso que magoam. Muito.


Provavelmente amanhã já mudei o tom do discurso, mas hoje apeteceu-me partilhar isto...comigo mesma.

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