julho 26, 2005


Passeemos por estas margens, de mão dada, ouvindo a água a correr. Sentemo-nos à sombra, com os pés no rio, sentindo a corrente por entre os dedos.
Vamos conversar baixinho, para não assustar os passaritos e porque nos ouvimos melhor quando conversamos baixo. Puxa-me para junto de ti e deita a minha cabeça no teu ombro; aconchega-me num abraço apertado, envolve-me em ti e faz-me sentir que sou única. Beija-me a testa, os olhos, a boca. Deita-me na relva e faz amor comigo, como fazem duas pessoas que se amam. Enxuga-me as lágrimas que verto no fim.
Depois levanta-te e parte. Deixa-me naquele sítio onde fomos felizes os dois; porque há locais especiais onde se é feliz. Nem que seja por breves instantes.

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