Entro numa casa que não é minha, mas já foi.
Toco com os dedos nos objectos que me são tão familiares e, simultaneamente, tão estranhos como se os visse pela primeira vez . O cheiro, esse, é o mesmo e invade-me as narinas violentamente, enchendo-me o peito de saudades desse passado tão recente em que percorria todas estas divisões com o à vontade de quem por lá passa todos os dias.
Toco com os dedos nos objectos que me são tão familiares e, simultaneamente, tão estranhos como se os visse pela primeira vez . O cheiro, esse, é o mesmo e invade-me as narinas violentamente, enchendo-me o peito de saudades desse passado tão recente em que percorria todas estas divisões com o à vontade de quem por lá passa todos os dias.
Fecho os olhos.
Deixo-me cair no chão e sinto o conforto do soalho de madeira quente, sólido, protector. Adivinho os objectos que estão ao meu redor sem precisar de os tocar.
Mais do que objectos e paredes, que jamais serão meus, são as memórias que me tocam. E doem.
A porta abre-se e sinto os teus olhos poisados em mim. Oiço os teus pés a pisar o chão mesmo a meu lado;passas como se eu não estivesse ali.
Talvez não esteja.
E talvez nunca tenha estado...
Deixo-me cair no chão e sinto o conforto do soalho de madeira quente, sólido, protector. Adivinho os objectos que estão ao meu redor sem precisar de os tocar.
Mais do que objectos e paredes, que jamais serão meus, são as memórias que me tocam. E doem.
A porta abre-se e sinto os teus olhos poisados em mim. Oiço os teus pés a pisar o chão mesmo a meu lado;passas como se eu não estivesse ali.
Talvez não esteja.
E talvez nunca tenha estado...
2 Comentários:
Bonito.
Sinto um arrepio suave e triste.
Estes posts sobre casas ounde já vivemos, creio que são recorrentes em ti.
Tenho várias assim e emociono-me sempre.
São recorrentes sim...
Gosto de casas com história.
Ainda esta noite sonhei com mais uma :-)
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