janeiro 21, 2006



Sangram-me os dedos por não escrever.
É um vício que se enraíza em nós, que faz com que as as emoções se esvaiam ( as nossas e as dos outros; aquelas que imaginamos, que sonhamos, que sentimos, que inventamos por completo).
Deixo que as palavras escorram de mim como gotas de sangue, de seiva criadora que, letra após letra, formam vidas regeneradas ( quem sabe criadas?) através das ideias que vão surgindo à medida que os dedos percorrem o teclado.
Está entranhada em mim, tornou-se uma necessidade básica como respirar ou comer.Frusta-me olhar para o texto, sempre inacabado, e ver apenas um pálido reflexo das cores fortes vivas que quero transmitir.
Mas não será assim que deve ser?
Devemos deixar a quem lê o prazer de compor, à sua imagem, as palavras que faltam para que o texto fique completo. E assim ficarmos, também, completos.

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