abril 17, 2006

Sopro

Porque me embalo nas asas do vento e me deixo ir sem destino traçado.
Imóvel, plano ao sabor da corrente morna que me transporta; não sei para onde mas também não importa. Apenas sei que vou para um local diferente e, sem medo do desconhecido, fecho os olhos e sorrio.
Ondulo no ar, perco a noção do espaço e do tempo. Percorro distâncias inimagináveis.
Ou não...
O que são distâncias, afinal? O que é o espaço, o que é o tempo?
Talvez não tenha nunca saído de onde julguei ter partido.
Reabro os olhos e não me reconheço.
Viagem sem regresso num mundo imaginário, que só aqueles que ainda não perderam a capacidade de sonhar são capazes de fazer.

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial