abril 15, 2006

Pequenita, saltitava alegremente por entre a multidão que por ela passava. Tinha os cabelos tão encaracolados que formavam canudos, como se estes tivessem sido feitos à escova. Os olhos grandes, castanhos, riam ao mesmo tempo que a boca, num daqueles sorrisos que só quem é pequeno sabe fazer. Seis ou sete anos, não mais. Não alcançava a cintura da maioria das pessoas com quem se cruzava enquanto caminhava, decidida.
Onde ia não importa...
Prendeu-me com seu olhar. De quem acredita no futuro, de quem se sente amado, de quem tem a certeza que tudo vai correr bem.
Pisquei-lhe o olho e sorri; ela retribuiu o cumprimento.
Segui-a com o olhar até deixar de a ver.
E, depois, apeteceu-me acreditar de novo.

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