Miragem
Estás ao longe, à chuva; a água escorre-te em mil gotas e só te percebo porque sei que estás lá.
Distingo-te de modo confuso por entre bátegas de água e estendo-te a mão.
Caminhas na minha direcção e, aos poucos, vou-te percebendo os contornos, os pormenores do teu corpo.
Continuo de mãos estendidas, à tua espera.
Começa a chover também em mim dentro de mim. Sou água em estado puro.
Mais e mais, a distância que nos separa encurta-se.
À medida que te aproximas começas a confundir-te com a tempestade, quase deixo de te vislumbrar.
Agora só distingo os teus olhos, vítreos, fixos em mim.
Quero sair donde estou, correr para ti, tocar-te; não consigo, forças invisíveis prendem-me ao chão.
Quando finalmente chegas ao meu alcance, desfazes-te em água .
E depois acordo.
Caminhas na minha direcção e, aos poucos, vou-te percebendo os contornos, os pormenores do teu corpo.
Continuo de mãos estendidas, à tua espera.
Começa a chover também em mim dentro de mim. Sou água em estado puro.
Mais e mais, a distância que nos separa encurta-se.
À medida que te aproximas começas a confundir-te com a tempestade, quase deixo de te vislumbrar.
Agora só distingo os teus olhos, vítreos, fixos em mim.
Quero sair donde estou, correr para ti, tocar-te; não consigo, forças invisíveis prendem-me ao chão.
Quando finalmente chegas ao meu alcance, desfazes-te em água .
E depois acordo.
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