Fátima...que Fátima?
Hesitei antes de escrever este post. Sei que vou tocar num assunto delicado mas, afinal, o blog é meu e escrevo o que me apetecer sobre o que me apetecer.
Fátima sempre me fez muita impressão. Não fui lá muitas vezes, é um facto, e nunca a um dia 13. Nada daquilo me agradava. A opulência da basílica contrastava com o ar dos visitantes, solenemente tristes. Chocava-me ( e ainda choca) as pessoas pagarem as promessas de joelhos, obra de uma Igreja que diz que condena esse tipo de atitudes por excessivas mas que por outro lado até prepara um pavimento para o efeito.
Cresci a ver passar à minha porta os peregrinos exaustos de pés em ferida, presos a promessas feitas por eles ou por terceiros em momentos de aflição. Nunca percebi o que leva uma pessoa a pensar que o facto de percorrer quilómetros a pé o vai ajudar a resolver um problema qualquer. Questão de fé, dirão muitos.
Mas, acreditando hipoteticamente que a coisa funcionava, não seria muito mais " normal" dentro dos padrões do catolicismo realizar uma boa acção qualquer em vez de uma caminhada?
Que tal fazer uma panela de sopa e ir oferecê-la a quem tem fome?
Ou dar abrigo a quem não o tem?
Há coisas que me ultrapassam por completo e este fenómeno é um deles. Mas, ao olhar para a televisão todos os anos neste dia vejo a ostentação das vestes clericais, o ar frio e distante de quem as usa, a parafernália de ornamentos ricos e acho que compreendo um pouco mais .
Cresci a ver passar à minha porta os peregrinos exaustos de pés em ferida, presos a promessas feitas por eles ou por terceiros em momentos de aflição. Nunca percebi o que leva uma pessoa a pensar que o facto de percorrer quilómetros a pé o vai ajudar a resolver um problema qualquer. Questão de fé, dirão muitos.
Mas, acreditando hipoteticamente que a coisa funcionava, não seria muito mais " normal" dentro dos padrões do catolicismo realizar uma boa acção qualquer em vez de uma caminhada?
Que tal fazer uma panela de sopa e ir oferecê-la a quem tem fome?
Ou dar abrigo a quem não o tem?
Há coisas que me ultrapassam por completo e este fenómeno é um deles. Mas, ao olhar para a televisão todos os anos neste dia vejo a ostentação das vestes clericais, o ar frio e distante de quem as usa, a parafernália de ornamentos ricos e acho que compreendo um pouco mais .
5 Comentários:
São os caminhos insondáveis da Fé.
Gostava era ver Jardim Gonçalves caminhando, de bordão na mão e sacola às costas, a agradecer à virgem os milhões que ganhou no BCP. Mas não, isso é para os maninhos que povoam as estradas até Fátima. Os grandes nomes da fè usam as vestes douradas ou criam sociedades secretas, onde se vão protegendo nesta vida terrena, apesar da certeza no além. Pelo sim, pelo não, mais vale um pássaro na mão...
O Jardim Gonçalves e mais uns quantos, cs...
Pois é... tocaste num assunto do qual me interroguei muitas vezes...
A minha Fé, leva-me à Igreja mais próxima que tiver de mim, especialmente se tiver vzais e no silêncio e sossego do momento, escondida de olhares que nada me dizem, transmito a minha Fé, ao meu Santo de devoção...
E, já agora... que tal a "moda" de receberes 2 000€ e fazeres a promessa em nome de outros? Com direito a ser notícia de TV e a ter site na internet?
É por estas e por outras que o dia 13 de Maio é para mim, um dia como outro qualquer. Porque rezo, quando a minha alma o pede...
Um abraço carinhoso ;)
menina_marota, percebo-te...apesar de agnóstica. :)
Claro, Ana. Ele é o Jardim Gonçalves, ele é o Mota Amaral, ele é o César das Neves, ele é Policarpo da Sé...
Enfim, cromos de luxo muito mal impressos.
JTD www.blogoperatorio.blogspot.com
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial