agosto 16, 2006

Caem grossas gotículas do céu, molhando-lhe a pele que se arrepia num agradável espasmo.
Está quente, um calor que se desprende do solo ao mesmo tempo que o cheiro único a terra molhada lhe invade as narinas.
Aos poucos, a roupa cola-se-lhe ao corpo, encharcada com a chuva que , entretanto, se solta nas negras nuvens que quase tocam o telhado das casas.
As pessoas que passam correm a abrigar-se mas ela continua, dançando com a água, com o vento, parceiros de uma coreografia espontânea que faz com que a olhem de soslaio até que, exausta, se deita na terra, terra que não se fez lama, até que a chuva pára e deixa vir o sol que a enxuga enquanto adormece...

4 Comentários:

Blogger carteiro disse...

Já mereciam essa chuva, ainda mais se tinha saudades dela. Hoje, bem a roupa tambem se colou ao meu corpo, enquanto regressava do trabalho na bicicleta. Nunca tinha apanhado com uma quantidade assim de chuva... Mas sabes que mais? Adorei! Mesmo nao havendo esse caracteristico cheiro a terra molhada :)


P.S.
Ai que eu nao trocava o meu ar puro por nada. O lado urbano da vida (no qual passo a maior parte do tempo enquanto aí estou) assusta-me. Tenho mesmo um medo literal!!

7:48 da tarde  
Blogger JPS disse...

Gosto muito do cheiro a terra recem-molhada pela chuva...

Gostava tambem de ter visto essa dança á fertlidade, chuva e terra unidas pelo corpo de uma mulher.

9:43 da tarde  
Blogger SONHADOR disse...

Obrigado pela visita ao meu blog.
De facto, até estranho este tempo em Agosto. Depois de tanto calor e sol com fartura, parece que voltámos ao Inverno...

Gostei de ver o blog.
Virei cá mais vezes, como espero, que venhas ao meu também mais vezes...

Bjos.

11:11 da tarde  
Blogger Ana disse...

eh eh eh postman, aí onde estás nem te podes fartar de chuva ;)

Mesmo uma dança imaginária, Zuko?

Obrigada, sonhador :)

11:24 da tarde  

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