Há o silêncio. Acolhedor, cúmplice. Não é preciso dizer nada e as palavras são, até, supérfulas. Quando duas pessoas se olham nos olhos e nada mais é importante senão quem está ali, mesmo à nossa frente, ao alcance de uma mão. O tempo pára, então; porque nos apetece ficar assim para sempre.
E depois há o silêncio. Constrangedor, intimidante. Completa ausência de sons que nos distraiam e nos levem a pensar noutra coisa senão a quietude que se gerou. Aqui, o tempo arrasta-se, um segundo parece uma hora. Não conseguimos falar, quebrar o desencanto incómodo. Os olhares desviam-se, a garganta seca. E queremos estar em todos os lugares menos ali.
8 Comentários:
Há silêncios incómodos, há outros desejados, outros cúmplices...
Porquê complicar? Cada um no seu tempo, teremos que saber gerir também a ausência de palavras com ruído.
Aqui não há ruído, mas palavras, que chegam até nós quando tanta vez precisamos delas.
Bjs
e se o tempo corre depresa demais queremos mandar as mãos a ponteiro e parar tudo. e se corre devagar e não corre bem nem toda a força do mundo conseguer fazer um segundo parecer 2.
é assim a nossa vidinha feita de silêncios incómodos, momentos de olha para o lado, e o tempo? 'Tá calor hoje hã? acho que amanhã ainda vai ser pior.
Alguns silêncios são tão bons!!!:) beijos
tenho saudades desse tipo de silencios!
O silêncio tem tanto de gostoso como de pavoroso.
È assim mesmo.
Dos deliciosos e fantásticos, inebriantes silêncios, aos desesperados e cortantes silêncios.
Em comum a ambos, parece-me ser o "espaço" - é sempre num outro espaço, ora que se está, ora que se quer estar...
O silêncio é uma forma sublime de comunicar desde que o outro(a) esteja sincronizado.
Bjs
Gostos de silêncios.
E às vezes fazem-me falta :-)
Uma das vantagens da internet é ir vagueandopor aqui e estar em silêncio.
Beijos a todos.
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