Expectativas
Sentada na beirinha do sofá esperava, impaciente, a chegada dele. Tinham combinado para as três da tarde e já eram três e um quarto sem que a campainha da porta tocasse.
Tic, tac, tic, tac, fazia o relógio da sala ; cada segundo que passava parecia-lhe uma eternidade.
Afinal, era a primeira vez que iam estar juntos em casa dela. Até tinha arrumado o quarto e tudo...
Três e vinte! Raios! Que se teria passado? Ele não costumava falhar e ainda ontem, enquanto partilhavam o lanche, tinham combinado os pormenores. Ele tinha-lhe pegado na mão e tudo... e ela gostou .
Quase três e meia!!! Tinha acontecido alguma coisa, tinha agora a certeza. Ia telefonar para casa dele.
Trimm...Trimmmmmmm _ a campainha da porta tocou finalmente e ela,veloz, correu a abri-la.
_ Estava a ver que não vinhas_ disse ela, já com o atraso perdoado e um sorriso de orelha a orelha.
_ Desculpa, pá, mas quando a minha mãe estava a meter a bicicleta no carro vimos que tinha um furo. Tivemos que parar ainda no Sr. João, para o remendar! Onde está a tua?
_ Está ali, no pátio. Buga?
_Buga!
_Manel, venho-te buscar às seis!_ disse a mãe dele.
_ Venha quando quiser,disse a mãe dela... E acrescentou, com um sorriso cúmplice:Sabe, eu acho que os nossos filhos são namorados...
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