fevereiro 01, 2005

Estou com uma gripe de tal ordem que parece que fui atropelada por um camião. Eu e uns milhares de portugueses. Fazendo parte de um grupo de risco, como profissional de saúde, deveria ter-me vacinado. Mas nunca o fiz, porque muito raramente me constipo ou engripo. Mas desta vez calhou-me pela porta e nem consegui sair de casa hoje. Nem vou sair amanhã, que isto não passa assim de um dia para o outro. Queria mimos, festinhas,palavrinhas doces, chazinho quente e colinho. Acabei arrastando-me todo o dia entre o sofá e a cama, muda e calada, que uma faringite associada impede-me de pronunciar mais que duas palavras seguidas.

Mas este post não é para falar de gripes. É que, faz hoje precisamente nove anos, senti-me na mesma: exausta, frágil. Mas por motivos diferentes. Exactamente às 12 h e 17 min, fui mãe pela segunda vez. Pude então pegar na Inês ao colo e beijá-la com todo o Amor que que tinha para lhe dar. E nunca mais a minha vida foi a mesma, como também não tinha sido depois do nascimento do irmão, cinco anos antes.
Ser Mãe transforma-nos. Amadurece-nos. Adoça-nos. Obriga-nos a deixar um pedaço de nós quando estamos longe deles, a sentimo-nos incompletos sem eles. Porque fazem parte de nós.
Ser Mãe ensina-nos a ser altruístas, a dar esperando apenas um sorriso em troca. A gostarmos de alguém mais do que de nós mesmos.

Um beijo para ti, querida filha. Amo-te muito.

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