abril 24, 2006

Always the sun


Acaricias-me a pele com os teus raios quentes, enquanto me envolves num abraço.
Fecho os olhos. Quero-te sentir assim, despojada de outras sensações senão o calor que me transmites.
Toco-me com os dedos e sinto conforto; sorrio.
A tua luz não permite que a escuridão cerre o que me rodeia, mesmo de olhos fechados.
Poderoso...
Devagar, reabro os olhos, para me habituar à tua luminosidade. Estás a brincar com os meus cabelos, pondo-lhe reflexos arruivados. Brinco também contigo e sacudo a cabeça, para que uma dança de cores tome conta dos meus ombros.
Estendo as mãos para ti. Tu, que nos tocas a todos, és intocável. Quero segurar-te mas não consigo. Não és meu, não és de ninguém.
Adivinho o teu percurso para o ocaso onde, depois de me deixares aquecerás outras vidas
E fico eu banhada com a pálida luz da lua, para sempre.

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