maio 18, 2006

Despojo-me de roupas e adereços e deito-me no chão de frios mosaicos. Liberto a alma, solto o pensamento e deixo-me ir para o nada. Porque nada sou. Apenas chão e corpo.
Quero ficar assim para sempre. Chão e nada, nada e corpo; frio.
Arrasto-me sem caminho traçado para onde o destino me leva. Inerte, amorfa, não quero saber onde estou. Nem se estou, sequer.
Apenas quero não sentir para sempre.


Foto de KONRAD GÖS

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