abril 28, 2005



Os dedos uniram-se, entrelaçados uns nos outros. Assim ficaram enquanto puderam, queriam ficar para sempre com a sensação do toque um do outro; sabiam que não mais se voltariam a sentir.
Os dela, frágeis tocaram levemente a mão forte que os segurava. Acariciou-a, sentindo-lhe o calor e os pelos macios. Os sentidos de ambos estavam concentrados naquelas duas mãos, o resto dos corpos não existia. Como se o Mundo não existisse.
A mão dele apertou a dela com força, como se assim pudesse retê-la para sempre consigo.
Foi ela que deu o primeiro sinal. E, tão lentamente quanto puderam, as mãos deslizaram uma na outra e finalmente separaram-se.
Com os olhos murmuraram um adeus silencioso e, em simultâneo, caminharam para direcções opostas. Para vidas diferentes.

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