fevereiro 05, 2006



Não fales.
Deixa o silêncio apoderar-se do que resta de nós.
Nada mais há dizer, palavras vãs são desnecessárias num afecto de uma só via, de um só lado.
Shtttttt, pára.
Não vale verdadeiramente a pena.
Tudo o que possas dizer deveria ter sido dito há semanas, meses atrás. Deixaste-me crescer, criar laços que, sabias nunca vir a desatar.
Onde estão os projectos comuns, as vidas sonhadas a dois?
Não se alimenta o que se sabe que, mais cedo ou mais tarde, vai morrer à fome, sabes?
Prefiro morrer, então. Deixar secar sentimentos, raivas e emoções que nunca julguei vir a sentir.
Para poder voltar a nascer, porque a vida não acaba assim.
Ninguém morre de AMOR.
Fica-se é, quase sempre, com marcas vivas dos fracassos que, de uma forma ou de outra, nos fizeram crescer.
Cresce-se sempre. Nem que seja para deixar a incredulidade tomar conta de nós e, de cada vez, dar sempre um pouco menos de nós…
Trata-se de equilíbrio, apenas.
Dar o suficiente para não se perder o auto respeito.
Porque essa treta de nos darmos por inteiro fode-nos sempre.

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