agosto 25, 2006

Ventos soltos


Rasgo-te.
Disseco-te.
Rio-me do que encontro: fragmentos dispersos de memórias boas e más.
Atiro-as ao vento. As boas brincam com o ar, rodopiam e partem em danças livres.
As más caem no chão. Pesadas, inertes. Afundam-se no pó da estrada. E afundam-se para sempre.

O vento pára.

A calmaria instala-se como se tivesse estado sempre ali.
Sacudo despojos e restos.
Cantarolo baixinho e sigo viagem.

8 Comentários:

Blogger Diafragma disse...

To good to be true... :)

ps: e os efeitos colaterais?

2:19 da tarde  
Blogger Miguel disse...

Adorei o teu texto ...!

Os votos de um BOM FDS!

Bjks da Matilde

2:46 da tarde  
Blogger £ou¢o Ðe £Î§ßoa disse...

Fizeste-me lembrar o Platão (sim sou uma personna mui culta)
ehehehe

"O que faz andar o barco não é a vela enfunada, mas o vento que não se vê."

Kiss, até outro momento

3:55 da tarde  
Blogger JP disse...

O doce prazer da repousante calma depois da refrega. O dia eaté lindo e o vento mal se ouve lá fora.
Bom dia

10:28 da manhã  
Blogger carteiro disse...

Quero e tanto desejo aprender a separar tais fragmentos. Falas das coisas como se fossem fáceis... serao?
Isso nao interessa. Encontrarei, talvez, um destes dias, rasgados fragmentos de um bilhete que me conduza a essa calmaria.
Bom fim-de-semana.

2:01 da tarde  
Blogger rui-son disse...

Dissecar os outros é sempre mais fácil que dissecarmo-nos a nós próprios. Pois as nossas memórias más nem sempre se afundam no pó da estrada. E as boas, nem sempre queremos que partam.

2:21 da manhã  
Blogger o alquimista disse...

Já não vejo a lua abraçada ao nevoeiro, danço a valsa infinita na baía do silêncio...foi o que me ocorreu dizer do teu profundo texto...

Beijo

10:19 da manhã  
Blogger Ana disse...

Cheguei cansada do fim de semana.
Beijos a todos :-)

9:27 da tarde  

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