Ventos soltos
Rasgo-te.
Disseco-te.
Rio-me do que encontro: fragmentos dispersos de memórias boas e más.
Atiro-as ao vento. As boas brincam com o ar, rodopiam e partem em danças livres.
As más caem no chão. Pesadas, inertes. Afundam-se no pó da estrada. E afundam-se para sempre.
O vento pára.
A calmaria instala-se como se tivesse estado sempre ali.
Sacudo despojos e restos.
Cantarolo baixinho e sigo viagem.
8 Comentários:
To good to be true... :)
ps: e os efeitos colaterais?
Adorei o teu texto ...!
Os votos de um BOM FDS!
Bjks da Matilde
Fizeste-me lembrar o Platão (sim sou uma personna mui culta)
ehehehe
"O que faz andar o barco não é a vela enfunada, mas o vento que não se vê."
Kiss, até outro momento
O doce prazer da repousante calma depois da refrega. O dia eaté lindo e o vento mal se ouve lá fora.
Bom dia
Quero e tanto desejo aprender a separar tais fragmentos. Falas das coisas como se fossem fáceis... serao?
Isso nao interessa. Encontrarei, talvez, um destes dias, rasgados fragmentos de um bilhete que me conduza a essa calmaria.
Bom fim-de-semana.
Dissecar os outros é sempre mais fácil que dissecarmo-nos a nós próprios. Pois as nossas memórias más nem sempre se afundam no pó da estrada. E as boas, nem sempre queremos que partam.
Já não vejo a lua abraçada ao nevoeiro, danço a valsa infinita na baía do silêncio...foi o que me ocorreu dizer do teu profundo texto...
Beijo
Cheguei cansada do fim de semana.
Beijos a todos :-)
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