setembro 07, 2006

Nasceu sob o signo da Lua e nunca conheceu outro. Aprendeu a gostar da sua suavidade, da semi escuridão que o envolvia, da fresca aragem da noite.
Descobriu que é possível percorrer com segurança alamedas de sombras difusas com recantos onde, de vez em quando, se ouvem ruídos desconhecidos.

Até que veio o Sol, que primeiro o cegou e depois o consquistou com os seus raios quentes, a sua luz que revelava os mais ínfimos pormenores do que o rodeava. E esqueceu a Lua.

Um dia, o Sol foi-se embora, fugaz.
Ele, triste,resolveu fechar os olhos para sempre e viver em total escuridão, relembrando o tempo do Sol.
Nem viu a Lua que lhe abria os braços, lá no alto, para o consolar.

4 Comentários:

Blogger carteiro disse...

Gostei muito da parte das sombras difusas. Muita pertinência. Abres os braços às palavras.

P.S. Estava a ler-te e simultaneamente recebi o teu comentário :) Obrigado!

12:52 da manhã  
Blogger asdrubal tudo bem disse...

é bonito mas triste e nada a condizer com uma sexta feira em que só me apetece estar bem disposto para para gozar o fim de semana

9:26 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Gostei muito muito!
Lindo!
Escreves cada vez melhor!
Mil beijos e um fim-de-semana especial,
Miguel

11:08 da manhã  
Blogger Klatuu o embuçado disse...

Astrologia gay? :)=

9:15 da tarde  

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