Deixo que os dedos percorram as teclas ao acaso sem emendar sequer os erros que surgem.
Ganham vida as teclas, autónomas, os dedos não as tocam, já.
Continuam a escrever palavras , frases, textos inteiros que não reconheço como meus. Observo-lhes os movimentos e sorrio enquanto me afasto, deixando-as naquele ziguezague.
Espreito pelo canto do olho.
Apesar do movimento incessante, o texto está em branco.
Sorrio de novo.
Há pedaços de nós que não passam nunca para uma folha de papel.
1 Comentários:
Às vezes não há mesmo maneiro de nos expressarmos ou de passarmos o que queremos, o que sentimos ou o que somos para o papel. E não há palavras que possamos esvrever, não há imagens que possamos desenhar, somente existimos nós, irrepetiveis.
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