outubro 13, 2005




Cai sempre, cada vez mais.
Não vê o fundo.
Está escuro e já não sabe se sobe ou se desce, perde por completoa noção .
Apenas sabe que se move e a grande velocidade.
Fecha os olhos.
Abre os olhos.
Nada.
Escuridão total.
Rodopia no espaço e flecte-se sobre si mesmo, instintivamente em posição fetal para se preteger.
E gira, roda, rodopia.
E cai.
Pergunta-se quanto mais tempo irá cair.
Tempo. Que tempo?
Ali não existe tempo nem espaço.
Grita, mas nenhum som lhe sai da boca.
Desiste e deixa-se ir até ao sítio onde sabe que deixará de existir.
Acorda encharcado em suor.

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