Domingo à tarde. Chovia copiosamente lá fora, o dia cinzento convidava a ver a chuva por detrás das vidraças.
Estavam enroscados um no outro, espreitando um qualquer filme que dava na televisão.
_ Apetece-te sair? - perguntou ele.
_ Sim, respondeu ela. Quero ir à praia. Estou farta de estar aqui.
_ Doidita, riu-se ele...enroscando-a ainda mais nos seus braços fortes, enquanto lhe beijava o cabelo.
_ Estou a falar a sério. Quero ir ver o mar.
_ Ok, vamos lá então...
Ele sabia exactamente onde a levar. A chuva fria caía em bátegas nos vidros do carro, contrastando com o calor que se fazia sentir lá dentro.O mar do Guincho, revolto, apareceu ao longe enquanto ele conduzia devagar pelo trilho de pedras;cinzento chumbo, da cor do céu, elevava-se em gigantescas ondas de espuma branca que rebentavam na areia com um ruído ensurdecedor, fazendo lembrar uma trovoada. A praia estava deserta, não se via nem um carro nas imediações
Ficaram alguns minutos ali, em silêncio.
De repente, ela tira as botas. E as meias. E arregaça as calças.
_Que estás tu a fazer? _ pergunta ele surpreendido.
_ Vou lá abaixo, já volto.
Ficou completamente encharcada assim que saiu do carro, mas continuou a caminhar na direcção do mar.
A areia colava-se-lhe aos pés e a roupa, molhada, provocou-lhe um arrepio de frio. Foi tirando o casaco, a t shirt e as calças que ia largando no chão até que, ao chegar à zona de rebentação, estava apenas de roupa interior. Sentou-se uns metros antes da zona onde o mar se espraiava na areia e ali se deixou ficar. Ela e o mar, em perfeita comunhão de sentidos. Os salpicos de água salgada misturavam-se no seu cabelo com a água doce da chuva.
Fechou os olhos, para melhor lhe sentir o cheiro, enchendo o peito daquele ar forte. Ficou assim alguns minutos até que se apercebeu de que algo tinha mudado.
Abriu os olhos. A chuva tinha parado e o sol espreitava , forte, por entre as nuvens escuras, provocando uma luminosidade que cegava. Pestanejou, para se habituar à nova luz, mas por pouco tempo. Alguém se colocava entre ela e o sol, protegendo-lhe os olhos.
Era ele, que se ajoelhou-se à sua frente, de costas para o mar.
_Tu és tão, mas tão doida... deve ser por isso que gosto tanto de ti_ sussurou-lhe ao ouvido enquanto a beijava devagarinho e a deitava na areia.
Possuíram-se ali mesmo, enquanto as gaivotas que entretanto tinham vindo espreitar gritavam lá no alto em círculos de Amor.
Estavam enroscados um no outro, espreitando um qualquer filme que dava na televisão.
_ Apetece-te sair? - perguntou ele.
_ Sim, respondeu ela. Quero ir à praia. Estou farta de estar aqui.
_ Doidita, riu-se ele...enroscando-a ainda mais nos seus braços fortes, enquanto lhe beijava o cabelo.
_ Estou a falar a sério. Quero ir ver o mar.
_ Ok, vamos lá então...
Ele sabia exactamente onde a levar. A chuva fria caía em bátegas nos vidros do carro, contrastando com o calor que se fazia sentir lá dentro.O mar do Guincho, revolto, apareceu ao longe enquanto ele conduzia devagar pelo trilho de pedras;cinzento chumbo, da cor do céu, elevava-se em gigantescas ondas de espuma branca que rebentavam na areia com um ruído ensurdecedor, fazendo lembrar uma trovoada. A praia estava deserta, não se via nem um carro nas imediações
Ficaram alguns minutos ali, em silêncio.
De repente, ela tira as botas. E as meias. E arregaça as calças.
_Que estás tu a fazer? _ pergunta ele surpreendido.
_ Vou lá abaixo, já volto.
Ficou completamente encharcada assim que saiu do carro, mas continuou a caminhar na direcção do mar.
A areia colava-se-lhe aos pés e a roupa, molhada, provocou-lhe um arrepio de frio. Foi tirando o casaco, a t shirt e as calças que ia largando no chão até que, ao chegar à zona de rebentação, estava apenas de roupa interior. Sentou-se uns metros antes da zona onde o mar se espraiava na areia e ali se deixou ficar. Ela e o mar, em perfeita comunhão de sentidos. Os salpicos de água salgada misturavam-se no seu cabelo com a água doce da chuva.
Fechou os olhos, para melhor lhe sentir o cheiro, enchendo o peito daquele ar forte. Ficou assim alguns minutos até que se apercebeu de que algo tinha mudado.
Abriu os olhos. A chuva tinha parado e o sol espreitava , forte, por entre as nuvens escuras, provocando uma luminosidade que cegava. Pestanejou, para se habituar à nova luz, mas por pouco tempo. Alguém se colocava entre ela e o sol, protegendo-lhe os olhos.
Era ele, que se ajoelhou-se à sua frente, de costas para o mar.
_Tu és tão, mas tão doida... deve ser por isso que gosto tanto de ti_ sussurou-lhe ao ouvido enquanto a beijava devagarinho e a deitava na areia.
Possuíram-se ali mesmo, enquanto as gaivotas que entretanto tinham vindo espreitar gritavam lá no alto em círculos de Amor.
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial