novembro 28, 2005

Para ti...
Voa.
Solta as amarras que te prendem, deixa que as asas te elevem para que possas ver um mundo diferente.
Quebra laços, nós, preconceitos, promessas e juras e ...voa.
Descobre a leveza que contém o infinito, deixa-te ir nas asas do sonho, gira, rodopia, dança; faz-te leve, etérea, Mulher e...voa.
Não há percursos marcados nem destinos traçados, embala ao sabor da corrente e deixa que ela te guie ao acaso, fecha os olhos e sente a brisa que te acaricia a pele enquanto voas.
E, um dia, quando menos esperares, pousas suavemente na Vida. Numa vida que não dói nem faz doer, que enche o peito de sentimentos fortes que mal te deixarão respirar.
E não vais querer voar mais...

novembro 25, 2005


O silêncio era total. Nem uma aragem corria e a neve, estática, mantinha-se em equilíbrios precários sobre as mais diversas superfícies.
Os seus passos ecoaram como trovões no meio da calma que a rodeava.
Parou.
Olhou para trás e viu as suas próprias pegadas a marcar a superfície anteriormente lisa da neve que pisava.
Aproximou-se da cerca, respirou fundo e saltou-a de um só folêgo.
Fundiu-se lentamente com a neve e tornaram-se uma só, moléculas unidas de água gelada.

novembro 24, 2005

Sentada à secretária, James Blunt a tocar, o doente deitado a fazer tratamento à minha frente sem fazer a menor ideia do que estou a fazer. Foram estranhas as primeiras vezes aqui, neste canto que é meu, neste espaço que equipei e decorei como quis.
Hoje, pela primeira vez, sinto que é o meu espaço.
E começa a invadir-me uma paz como não sentia há muito...
Será que é esta a minha vez?

novembro 20, 2005

Ainda cá estou.
Ainda não me esqueci disto.
Espero para a semana conseguir encontrar uma rotina que me permita vir aqui de vez em quando, que tenho a cabeça cheia de textos e não tenho tempo para os escrever.
Não tenho tempo para nada, aliás.
Beijos e abraços aos resistentes que continuam a vir aqui.

novembro 08, 2005

E pronto.
Acho que nunca estive tantos dias sem escrever aqui, a não ser durante o período de férias.
Tenho vivido numa roda-viva e não há tempo para internetes.
Mas parece que finalmente as coisas tomam rumo e volto a conseguir respirar.
Depois de muito medo, muita ansiedade, muito trabalho e muita expectativa, está pronto. Ou, pelo menos, quase pronto: o MEU gabinete.
Pois, fartei-me de trabalhar para os outros e resolvi trabalhar para mim. Criar o meu espaço, com a qualidade de trabalho que desejo.
A altura não é a melhor, o país está em crise e blá blá blá... sei isso tudo.
Mas tinha que tentar e era agora ou nunca.E onde o mercado fosse vasto e a procura maior do que aqui.

Por isso, se precisarem de Fisioterapia de qualidade, personalizada e com a última tecnologia em aparelhos, vai abrir na Av. da Liberdade em Lisboa um gabinete que funcionará algumas tardes por semana e aos sábados, que é exactamente aquilo que procuram.
E passem a palavra à família, amigos, conhecidos, desconhecidos e Et's.
Mais informações podem ser dadas através do mail do blog.

And wish me luck...

novembro 03, 2005


Está lindo o meu bichano...
Cada dia que passa me apaixono mais .
Acordar de manhã com ronrons ao aouvido não é para quem sabe, é para quem pode.
E ainda não estragou nada cá em casa.
Já devia ter arranjado um há mais tempo.

novembro 02, 2005

Tic, tac, tic, tac,
O tempo não passa, as coisas não acontecem, o mundo não gira.
Parou no tempo e no espaço, sente o dia de ontem igual ao de amanhã numa homeogenia que que deixa os nervos à flor da pele.
Grita, mas da boca muda não sai um único som. O início e o fim do grito seria o passar de alguns segundos, e o tempo está parado.
Tic tac, tic, tac,
Só o relógio mexe os ponteiros inutilmente numa tarefa sem sentido .
Nada acontece, as coisas permanecem imutáveis, o corpo queda-se imóvel, estático em rotinas sem início nem fim, que não levam a nada.
Tic tac, tic tac,
Dia após dia, ano após ano, passa uma vida amorfa que só sente quando se olha para trás. É o momento de partir o relógio para que ele solte o tempo ... e começar de novo.