fevereiro 17, 2006


Deitada e imóvel por fora,percolhem-lhe nas veias mil emoções misturadas com o sangue que chega aos lugares mais rescônditos do corpo. Atravessam-na mil formigueiros que rapidamente se transformam em dor, insuportável e constante.
Pequenas gotículas de suor começam a formar-se na sua testa, nas suas mãos, por todo o seu corpo até que não é mais que uma poça de água.
Os lençóis, revoltos, mostram a agitação em que se encontra agora. Morde-os com força para não gritar. Aninha-se em posição fetal e crava as unhas nos braços até sangrar.
Chora. Lágrimas de sangue, de raiva, de ódio. Chora até adormecer de cansaço, num perfeito desalinho, pedaços soltos de si por toda a cama.
Deixa-se então embalar pela noite eterna, aquela cujas trevas são mais fortes que tudo e todos.
E descansa...

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