Quer passear naquelas ruas, sentar-se nas esplanadas, olhar as árvores e senti-las suas.
Quer criar rotinas, conhecer de olhos fechados o virar da esquina antes de lá chegar.
Quer sentir-se em casa numa cidade que sempre considerou sua, mas da qual se afastou sempre por motivos fortes.
A cidade tem vida, tem alma. Sente-a zangada consigo, pressente um virar de costas quando lhe entende a mão, numa súplica velada para que a aceite de volta.
Nunca devia ter saído de lá. Pensa todos os dias como seria a sua vida se tivesse ficado. Baixa a cabeça, triste. Sente que fez uma má gestão do seu tempo; que tomou as decisões erradas nas alturas importantes.
A cidade é cruel, raramente perdoa.
Seca as lágrimas e, mais uma vez, parte para dentro dela. De novo. Mais uma vez.
Até a cidade perceber que pertencem uma à outra. Ou até ter que desistir e, irremediavelmente, baixar os braços depois de lhe dizer Adeus.
Mas nunca mais se vai culpar por não ter tentado uma derradeira vez.
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