março 31, 2006

Frase do dia

Os cornos não existem
( são coisas da tua cabeça!)

Lido numa t- shirt no fim de semana passado na Baixa , e que me arrancou uma gargalhada daquelas!

março 30, 2006

Frases soltas

Suspiro de vida ou de morte, emoções descontinuadas e ambíguas.
Sentimentos que, só por si, causam dor ao pensar.
Dedos que voam pelas teclas ao acaso, palavras que se formam sem nexo nem sentido.
Pouco importa.
Calmas aparentes de vulcões adormecidos, esperando uma frecha para jorrarem toda a lava adormecida.
Medo. Pavor.
Dor.
Muita dor.
Sonhos que se desfazem dia a dia, cada vez mais impossíveis e distantes.
Estendo os dedos durante o sono e sinto-os escapar numa fluidez desesperante.
E, quando acordo, desabo.

março 29, 2006


Olha-me nos olhos enquanto me despes, devagar. Atira as peças de roupa uma a uma para o chão e cola o teu corpo ao meu. Sente como vibro de desejo por ti, deixa que sinta o toque quente da tua pele com os dedos.
Explora-me o corpo com as mãos, com a boca, com os olhos.
Invadamos o mundo dos sentidos até nos perdermos por completo um no outro, numa troca de extases e carícias mútuas.
Depois entra em mim. Quero sentir cada centímetro teu penetrar na minha intimidade até sermos um só, numa explosão de prazer conjunta; suor é sémen misturados, fruto de um prazer tão esperado .
Arfantes, fiquemos assim um pouco mais. Damos as mãos enquanto descansamos numa cumplicidade que só nós conhecemos. E, no fim, beija-me levemente os lábios antes de nos separarmos.
Porque, sabes, pode ser a primeira ou a última vez, pode ser apenas a única. Mas ali, naquele momento, tu foste inteiramente meu.

Imagem daqui
Isto sim, é um catálogo a sério!

Roubado à funda São

( Criançada , xô...)

Não começa a ser um abuso?

ISP sobe outra vez em Junho
Das duas, três:
Ou começo a ir trabalhar de carroça, ou transfiro o trabalho para casa, ou emigro!
A última parece-me a hipótese mais viável por isso, se souberem de alguma vaga de Fisioterapeuta desde Espanha ao Burkina Faso, mandem-me os contactos.

março 28, 2006

Desabafos

Não sou, em definitivo, pessoa para estar em casa por obrigação.
Eu até gosto de estar em casa; mas só quando me apetece.
Estar aqui por ter que estar dá-me stress o qual, aliado à preocupação com o filhote, está a dar cabo de mim.
Amanhã vai ser um dia igual e arrepio-me toda só de pensar nisso.
Lenbrei-me agora ( passa das 11 h da noite), que nem um café bebi hoje. Não que me faça grande falta, normalmente bebo um ou dois por dia.

Afinal, são só uns dias em casa... Tenho é que parar com este vício de stressar por tudo e por nada.
Grr!

E pronto...

Dias complicados, até ao fim da semana...
Reuniões, muito trabalho, idas e vindas a Lisboa, fim de semana já programado. Há alturas em que gostava de ser duas ou que o dia tivesse mais algumas horas. Como sei que não é possível, agendo tudo para rentabilizar ao máximo o tempo.
Há, no entanto, algumas palavras mágicas que têm o condão de mudar tudo:
_"Mãe, tenho frio... e dói-me a cabeça". Febre? 37,5ºC.
Isto foi ontem; o instinto e a experiência deixaram-me de sobreaviso. Hoje de manhã: 40º C de febre.
Olho para o meu menino a quem, para dar um beijo, já tenho que me pôr em bicos dos pés.
O meu bebé que cresceu tanto e tão depressa. Depressa demais.
Criança grande, com olhos brilhantes de febre em busca de socorro, a tremer de frio.
_"Mãe, 'tou mal disposto..."
Queria poder dar-lhe colo e percebo que ele já cá não cabe. Abraço-o, um abraço apertado de cumplicidade. Médico, análises, Rx. Medicação com o alívio de um diagnóstico ligeiro.
De repente não há mais trabalho, reuniões, viagens.
Apenas uma Mãe que fica em casa com um filho que precisa dela. E que prefere a sua companhia, nestas alturas, à de todas as outras pessoas.
Um papel que não troco por nada deste mundo.

março 27, 2006

Ela fez anos. E houve festa no sábado.
Eu sei que sou alta, mas não é preciso cortarem-me a cabeça, ó!
E dou um doce a quem adivinhar porque está a aniversariante com um ar tão feliz na segunda foto...

março 24, 2006



Deixa-me sentir-te ao pé de mim.
Toca-me como se não houvesse amanhã e o tempo parasse no momento em que nos olhámos.
Mãos nas mãos, transformemos o nosso silêncio num olhar de cumplicidades futuras. O passado, esse, servirá para que os erros não se repitam e possamos, finalmente, ter Paz.

Chuva

Espreita pela janela que a afasta do mundo e a protege. Sente-se segura ali, onde a água não chega.

Água de chuva e de lágrimas que não chora porque já as não tem para verter.

Com um só dedo, abre sulcos nas gotículas que percorrem o vidro e desenha letras ao acaso. As palavras vão surgindo sem que se aperceba delas, escritas em espelho. Na rua, passam vidas que, sem olhar, se cruzam com a mensagem que se lê naqueles vidros, um pedido de atenção que é ignorado. Mais um, entre muitos.
Dentro de pouco tempo o sol virá e secará as gotas lágrimas. E a mensagem perder-se-à para sempre.

Lá dentro, no escuro, ela morrerá mais um pouco.

março 23, 2006

Doces rotinas

Espreitou à sucapa, rindo baixinho.
Ele não a viu, absorto que estava na leitura.
De modo felino, aproximou-se e beijou-lhe os cabelos num beijo apressado de quem não quer ser apanhada.
Ele sorriu, afinal tinha-a pressentido, só que fingiu não dar por nada. Agarrou-a pela cintura e sentou-a no colo.
_Hey, não estavas a ler?_ perguntou ela a rir.
_ Estava a ler um livro_ respondeu ele_ mas prefiro ler-te a ti...

To be or not to be

Vou ao cinema ( queria mesmo ver este filme).

Não vou ao cinema ( está uma tempestade do caraças lá fora).

Vou ao cinema ( fazia-me bem sair, arejar as ideias).

Não vou ao cinema ( posso ficar ali no sofá e ver um dos filmes que tenho ali , que nunca vi).

Vou ao cinema ( odeio letargias ).

Não vou ao cinema ( ando tão cansada).

Vou ao cinema ( se ficar em casa acabo por vir para aqui, que me conheço).

Não vou ao cinema ( ficar no quentinho é tão bom...).




Bolas, que indecisão. Só coisas que me apoquentam...


"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás para a frente.
Deveríamos morrer primeiro,para nos livrarmos logo disso. Depois vivíamos num lar, até atirarem connosco de lá para fora por estarmos muito novos. Depois ofereciam-nos um relógio de ouro e íamos trabalhar.

Aí, trabalhávamos 40 anos, até ficarmos suficientemente novos para gozarmos a reforma. Depois divertíamo-nos bastante, bebíamos uns copos e preparávamo-nos para a faculdade.

A seguir íamos para o secundário e tínhamos uma data de namorados, tornavamo-nos crianças sem responsabilidades,depois bebés de colo, voltávamos para o útero materno e passávamos os últimos 9 meses da nossa vida a flutuar,aconchegados.
E tudo terminava com um orgasmo divinal.
Não seria perfeito?"

Charlie Chaplin

março 22, 2006


Vem. Sai da sombra e toca-me.
Deixa-me ver-te...
Não sejas apenas pensamento.
Torna-te real.
Deixa-me sentir-te, saber que existes, que não és apenas fruto da minha imaginação.
Provoca-me,faz-me sentir que estou viva.
E, no fim, vamos rir os dois de mãos dadas.

Trilhos


Porque é tão longo e sinuoso o caminho a percorrer?

Algures, lá atrás, soltaste a mão com que me ajudavas a subir.

A mão com que eu te ajudava também a subir.

Desamparada, tropecei e por várias vezes quase caí.

A dada altura perdi-te de vista e continuei a escalada sozinha.

Tenho feridas, esfoladelas e arranhões.

Quero descansar, mas não posso. Não me deixam.

A subida tem que continuar, sem paragens ou pausas.

Perco o fôlego.

Exausta, olho para cima; o verde entreabre-se já nos raios de sol, deixando antever o cume.

Apresso o passo e completo o percurso. Secam-se-me os lábios de sede, abrem-se gretas que sangram.

Finalmente, paro. Olho em redor; a paisagem é soberba. Mas vê-la sozinha deixa-me triste.

Fecho os olhos e deixo-me cair.

Quatro dias depois, o Blogantes volta.
Parece que houve um problema qualquer no servidor.
Já dizia mal da minha vida e até criei um blog na concorrência, mas não era a mesma coisa… esta é, sem dúvida, a minha casa e ver esta página abrir completamente em branco deixava-me triste. Mesmo que este blog um dia acabe, nunca será voluntariamente apagado, porque não é passando uma esponja sobre algo que faz com que ela deixe de existir.E agora, mãos à obra, que há muito que escrevinhar.

março 18, 2006

Sinceramente...

Ia eu um destes dias na A23, quando li num daqueles placards luminosos que a Brisa ( neste caso a Scutvia) tem nas auto-estradas, o seguinte aviso:
" Atenção: Brigada de Trânsito a fiscalizar velocidade"
Certo e sabido que levantei o pé e não vi BT nenhuma...
Sinceramente, não acho isto nada bem.
Primeiro porque acabam com as tradições todas neste país! Vamos deixar de fazer sinais de luzes, é?
E depois, parece-me injusto andarem assim a enganar quem anda na estrada e tem um bocadinho ( só um bocadinho) de pressa...

Blue eyes lake


Deixa-me mergulhar no fundo do teu lago azul...
Abre as portas e envolve-me com essas águas frias, fechadas há tanto tempo; não tenhas medo...
talvez eu seja o sol e te consiga aquecer suavemente, fazer com que o teu azul se torne mais límpido.
Se me deixares, derreto o gelo que te rodeia e aquele em que te transformaste e, pouco a pouco serás água a brincar com os meus raios quentes.
Não deixes que as nuvens se intrometam...
Se elas vierem, transforma-me-ei em lágrimas sob a forma de chuva e, juntos, aumentaremos o tom de azul cerrado que és agora.

março 17, 2006

Os senhores do blogger resolveram andar por aqui a fazer limpezas e arrumações e tiveram isto down grande parte do dia.
Abriram as janelas e arejaram o bafio que por aqui se respirava; limparam o pó e arejaram a sala. Esqueceram-se foi de avisar que cá vinham e eu apanhei um susto grande quando, de manhã, quis aqui vir debitar uns dislates e vi a mensagem de "access forbiten".
Se bem que, sendo isto à borlix, não me posso queixar muito...
Se calhar o melhor é fazer uns backups dos posts. É que podem não valer grande coisa mas fui eu que os escrevi.

março 16, 2006

Free Image Hosting at www.ImageShack.us
Porque os meus meninos especiais merecem que fale deles aqui...

março 14, 2006

Gatices

É normal um gato andar a correr pela casa toda sem ninguém lhe ter feito mal, enrolar quantos tapetes existem e esconder-se debaixo deles, atirar-se contra as portas para as abrir, vir mordiscar as mãos e esconder-se depois?
Desligou o telemóvel e olhou para ele, como se o interlocutor com quem estivera a falar pudesse, a qualquer instante, sair lá de dentro.
Suspirou. A conversa, curta, soava-lhe ainda insistentemente ao ouvido enquanto se metia no carro e vagueava sem destino no meio da cidade apinhada de gente em hora de ponta. Andou perdida no tráfego, sem destino, completamente à toa com o que tinha percebido num segundo, depois de andar meses atordoada, adormecida.
Estacionou à porta e descarregou a mala do carro.
Entrou, carregada de sacos.
Lentamente, começou a arrumar escovas de cabelos, roupa interior,cremes, papéis esquecidos, tudo quanto andava no carro há meses.
Finalmente deitou fora os sacos.
Tudo nos seus lugares.
Não percebeu porque continuava sem se sentir em casa.
Suspirou e seguiu o caminho de sempre.
Apátrida, homeless, o que lhe quisessem chamar.
Estaria sozinha.

março 13, 2006

Quase Primavera...

Quase consegue sorrir quando o vê surgir, ao longe. Os olhos castanhos, quase verdes, brilham num meio sorriso.
_Mais bem disposta?_ pergunta-lhe ele ao ouvido quando a beija no rosto, quase no canto dos lábios.
_Quase boa_ responde ela sentindo-lhe o calor do beijo.
As mãos quase se tocam em cima da mesa, tímidas de mostrar o que os olhos de ambos quase dizem.
Conversam como se não se encontrassem há meses, quase anos; falam de tudo, de todos, prolongam as horas daquele fim de tarde quase noite, não querem que o dia acabe e a distância venha.
Quando se despedem, ele diz-lhe:
_ Somos quase gémeos...
Ela ri e responde, com um sorriso maroto:
_ Ainda bem que é só quase!

março 12, 2006


Vem, solidão...
Envolve-me nos teus braços frios e gela-me.
Adormece os sentimentos que fervilham dentro de mim e faz com que se neutralizem para sempre.
Não sentir. Não pensar.
Deixa-me em estado catatónico, indolor, estático.
Não quero dormir, apenas não sentir.
Leva toda a minha essência,apropria-te da minha alma e pisa-a como se de papel velho se tratasse; não olhes para as folhas, rasga-as sem hesitação.
E atira-as ao vento para que nada nem ninguém, nunca, as consiga juntar de novo.

março 10, 2006

Bommm Fimmmm de Semanaaaaaa

março 09, 2006

Deixa-me olhar-te ao longe.
À distância custa menos pousar os olhos em ti.
Não te vires.
Não quero que saibas que estou aqui, a observar-te.
Sou pretérito, passado que não deixa marcas.
Aliás, vira-te.
Aproxima-te.
E, quando passares através de mim sem me veres nem perceberás que sou etérea, intemporal... e que nada nem ninguém me poderá tocar, jamais.

março 06, 2006

Dream'n'nightmare



Não me deixem dormir.
Não quero sonhar de novo, porque os sonhos bons não passam disso mesmo:meras ilusões que nos enganam e magoam.
Não quero fechar os olhos, não, não!
Vou sair, vou para a rua distrair-me para não pensar que posso sonhar.
Não quero que os olhos se cerrem em pesadelos repetidos de pormenores que vão directos ao que mais nos magoa e destrói.
Devia ser possível dormir sem sonhar. Acordar sem suores frios e magoados de coisas que ficaram por viver. Ou escolher os sonhos, que seriam componentes relaxantes no final de um dia.
Não quero!
Não.
Não...

março 05, 2006



Sentou-se na esplanada que, apesar do vento agreste, proporcionava um abrigo soalheiro.
Gostava daquele local, ali sentia-se quase em casa. Ano após ano, era ali que passava algumas horas quando queria ficar sozinha. O seu refúgio secreto. Pegou no livro que sempre a acompanhava, mas nem sequer o abriu. Fechou os olhos e ouviu o mar que, lá em baixo fazia com o vento um jogo de sedução. Sorriu enquanto o sol lhe acariciava a pele. Mas algo não estava bem e abriu os olhos. Sentia-se observada, não sabia por quem e, disfarçadamente, olhou em redor. Não havia muita gente na esplanada e foi fácil identificar o observador; sozinho, como ela e também com um livro na mão. Um livro igual ao que ela trazia consigo.
Ele dirigiu-lhe um sorriso cúmplice quando os seus olhares se cruzaram e ela imitou-o, baixando rapidamente os olhos. Queria parar por ali.
Embrenhou-se na leitura e rapidamente o esqueceu; quando lia tudo à sua volta desaparecia. Esteve ali até o fim da tarde se adivinhar e, quando olhou de novo na direcção dele, a sua cadeira já se encontrava vazia.
Suspirou levemente, pensando num segundo como teria sido se não tivesse baixado o olhar.
Sabia que as barreiras que levantava nenhum estranho estaria interessado em derrubar e, enquanto se dirigia para o carro, decidiu que estava na altura de enterrar o passado.
Decidida, dá à chave; uma e outra vez, repete o movimento; em vão. O carro teima em não pegar.
Sai e encosta-se à porta, enquanto pensa a quem telefonar. Na praia, um homem caminha sozinho, devagar.
Percebe que não trouxe o telemóvel e fica aborrecida. Pensa então voltar ao bar para telefonar quando se apercebe que o homem que caminhava na areia vinha agora na sua direcção. Era o que a tinha observado anteriormente na esplanada. De novo o sorriso cumplice: " Reparei que o seu carro não anda, posso ajudar?"
_ Obrigada, pode sim..._ responde ela. E, desta vez, não baixa os olhos...

março 04, 2006


Levanta-se lentamente para não o acordar e veste-se na escuridão do quarto que tão bem conhece.
Lá fora o vento sopra, agreste, assobiando algures numa janela mal fechada.
Na cama, o corpo dele mexe compassadamente ao ritmo da respiração própria de quem viaja por terras de Morfeu.
Olha-o e estende a mão para uma carícia, mas pára antes de o fazer e o gesto cai, inútil.
Arruma apressadamente os poucos objectos que lhe pertencem; cabem num saco pequeno, coisas simples de uso diário que arruma maquinalmente . Olha em redor para ter a certeza que não se esquece de nada, quer que o seu rasto seja apagado, já que não é possível limpar as memórias.
Ele mexe-se na cama, vira-se e tacteia a cama à procura dela que, imóvel, sustém a respiração enquanto ele mergulha de novo no sono.
Apressa-se, quer partir quanto antes.
Do porta-chaves retira a chave da casa e coloca-a sobre o telemóvel dele, beijando-a primeiro enquanto fica com os olhos marejados de lágrimas.
Lentamente, abre a porta sem fazer barulho e ao sair olha à sua volta, como se com um olhar pudesse abarcar uma época da sua vida. Fecha-a lentamente e, quando a fechadura faz clic, ainda tem força para balbuciar... Adeus.

Mais um teste...

Desta vez roubei-o à Atlantys... e já quase chorei aqui a rir!
Pelo resultado do teste e pela expressão praticar o amor.


É lindo...
e é meu!

Weeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!!!

março 02, 2006

Abraço


Deixa-me deitar a cabeça no teu peito e fechar os olhos por breves instantes. Aconchega-me em ti num abraço envolvente, faz-me sentir que nada nem ninguém me poderá magoar e tudo irá correr bem.
Afasta os medos que me perseguem e murmura-me baixinho, ao ouvido:
_ Pronto, já passou...
Quero descansar.
Preciso repousar em ti, sentir a tua tranquilidade tornar-se minha. Nossa.
Percorre-me o corpo com os dedos degavar, num reflexo de prometidas vidas suaves.
E, quando eu chorar, quando eu duvidar, aperta-me com força e faz-me sorrir.
Olha-me então nos olhos e deixa-me ler no fundo dos teus o Amor que existe, para que os fantasmas se vão embora de vez e eu ainda possa acreditar que um dia, algures, vou ser Feliz.

março 01, 2006


Deita-se na erva e olha o céu quase negro.
O chão emana o calor que recebeu naquele dia de Verão, mais quente ainda naquele Alentejo árido.
Milhares e milhares de estrelas brilham lá em cima, cintilam para que ele as veja. Percorre com o olhar uma de cada vez, demorando-se nesta ou naquela nem sabe bem porquê; apenas porque lhe apetece.
Não foram fáceis os últimos dias, os últimos meses.
Mas ali deitado sente-se em paz, finalmente; e lembra-se de ouvir dizer já não sabe a quem: "Sozinho, entre o céu e a terra, contemplando o espectáculo do Mundo".
Pergunta-se porque não são as pessoas como as estrelas, que são ajudadas pelas distância a tornar-se belas. E as falsas estrelas, que roubam a luz das verdadeiras para se equipararem às primeiras.
Ri-se enquanto pensa que, afinal,não há assim tanta diferença entre as pessoas e as estrelas....

Poste de gaja

Vou ali cortar o cabelo já volto.