Meio a brincar…
A culpa é tua, Pedro.
Começaste a passar todos os dias esta música e fico com vontade de dar ao pezinho logo de manhã. Fabuloso, este hino de apoio à selecção de Trinidad and Tobago. Vindo de uma equipa que não tem sequer equipamento alternativo, em que a maioria dos jogadores são amadores e que, segundo o capitão, devia passar à fase seguinte porque tem os jogadores mais bonitos, o diabo da música põe-nos a mexer com um sorriso nos lábios. E a manhã até parece que corre melhor.
Meio a sério...
Voltou a febre das bandeirolas e estandartes.
Foi bonito, durante o Euro. Eu estava em Cabo Verde quando começou e, quando aterrei na Portela e apanhei um táxi que atravessou meia Lisboa, emocionei-me um pouco por não estar de todo à espera de tal comportamento do povo português. E nos dias seguintes percebi que não era só Lisboa mas sim o país inteiro a mostrar a quem nos visitava que, mesmo que não ganhássemos, a festa era genuinamente nossa.
Mas desta vez não somos anfitriões de nada.
E lá voltaram as bandeiras nas janelas, nos carros, nas t-shirts e em todo o lado que o tuga se lembra. Com tanta convicção que toda a gente se esquece do essencial.
Que os combustíveis continuam a subir ( Chuta Cristiano, força!)
Que o crescimento continua a ser negativo ( Ah Ricardo, desta vez vais defendê-las todas)
Que o fim do mês cada vez está mais longe ( Figo, continuas a jogar como nunca! És um herói...)
No meio de tantas emoções, até a vida se torna mais fácil, porque esquecida.
Isto começa a raiar os países terceiro mundistas, como o Brasil.
Mas esses, ao menos, de vez em quando ainda são campeões do mundo...